A Polícia Civil encontrou 68 fósseis que pertencem ao Centro de Pesquisas Paleontológicas da Chapada do Araripe (CPCA), no Crato (CE) durante uma busca na casa do padre Marcio de Lima Pacheco, no Rio Grande do Norte. O padre é investigado por denúncia de roubo de objetos religiosos. Ele foi afastado do ministério sacerdotal enquanto o caso é apurado.

Os fósseis foram apreendidos na quinta-feira, 13 de agosto, quando a polícia cumpriu dois mandados de busca domiciliar contra o suspeito em Currais Novos (RN) e outros três em Natal (RN). Na ocasião, a Polícia Civil informou que tramitava na delegacia de Currais Novos “um inquérito policial que apura a subtração de objetos sacros da Igreja Católica local”.

Nas buscas na casa do padre foram encontrados vários objetos religiosos como crucifixos, missal, ostensório, e também os fósseis tombados que pertencem ao CPCA. Os fósseis foram encaminhados para a Polícia Federal (PF) do Rio Grande do Norte, que vai investigar o crime. Segundo a PF, a investigação segue em sigilo. Informou também que o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens da Universidade Regional do Cariri (URCA) já manifestou desejo de incluir o material ao seu acervo.

Padre Marcio de Lima Pacheco faz parte do clero da diocese de Humaitá (AM) e estava atuando na diocese de Caicó (RN). Por causa da investigação por suspeita de roubo, a diocese de Humaitá decretou que ele “fica proibido do exercício de suas funções ministeriais, por tempo indeterminado”.

Com este afastamento, o sacerdote “não exercerá os seus serviços sacramentais e administrativos”, enquanto a investigação policial está em andamento. Conforme o resultado da investigação, disse o bispo, “serão encaminhados os procedimentos canônicos necessários”.

Após o decreto da diocese de Humaitá, o bispo de Caicó, dom Antonio Carlos Cruz Santos, revogou o uso de ordens concedido ao padre Marcio de Lima Pacheco.

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