O padre Olivier Maire, assassinado na França nesta segunda-feira, foi o primeiro superior provincial local dos Missionários Monfortianos, congregação religiosa fundada por são Luís Maria Grignion de Montfort.

O sacerdote foi assassinado em Saint-Laurent-sur-Sèvre, no departamento de Vendée, região oeste da França. No povoado, fica a basílica de são Luís Maria Grignion de Montfort, onde o fundador está sepultado e o papa são João Paulo II pregou em 1996.

O padre Maire nasceu em Besançon, no leste da França, em 1961. Aos 25 anos, em 1986, ele fez sua profissão solene nos Missionários Monfortianos. Foi ordenado sacerdote em 1990.

Aos 60 anos, o padre Maire era conhecido pela sua liderança em retiros.

Um participante de um retiro em 2011 escreveu sobre o sacerdote: “Apreciei sua disponibilidade, sua escuta atenta às sugestões e sua liberdade para expressar seus interesses em diferentes campos. Cada Eucaristia foi um momento intenso de oração e de ação de graças”.

Outro participante comentou: “Vivi uma semana de calma e renovação graças à beleza do lugar, à qualidade dos momentos de oração, à profundidade e simplicidade de Olivier Maire”.

Em 2016, o sacerdote foi entrevistado na KTO, canal católico francês, em Saint-Laurent-sur-Sèvre, em um programa dedicado aos 300 anos da morte de Monfort, ocorrida em 1716.

Em 11 de outubro de 2020, o padre Maire pregou numa missa pelos 300 anos da chegada da beata Marie Louise de Jesus a Saint-Laurent-sur-Sèvre. Junto com Monfort, ela fundou as Filhas da Sabedoria, uma congregação religiosa feminina.

Na ocasião, o padre disse que “isto é o que Marie Louise poderia ter dito a todos esta manhã: compartilhe a sua vida. Viva uma vida compartilhando com os outros, não desperdice sua vida vivendo sozinho, isolado, protegido do mundo, protegido de outros. Tem que se proteger do vírus, mas não dos outros”.

“A simbiose com o mundo em que vivemos, esse mundo de exclusão, como diria o papa Francisco, este mundo da periferia, é o que Marie Louise experimentou. A vida fraterna, a última encíclica do papa (Fratelli tutti), nas faz lembrar disto: viver a simbiose com o outro, a vida fraterna e a vida em simbiose com o próprio Deus”.

“Ousemos sentar-nos um momento em partilha fraterna, ousemos sentar-nos com os mais pobres, os excluídos, os rejeitados pela humanidade”.

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