Uma missa e uma procissão marcaram o quinto ano do martírio do padre Jacques Hamel, sacerdote francês assassinado por terroristas do Estado Islâmico (ISIS) em 2016 quando celebrava a missa em sua paróquia, em Saint-Etienne-du-Rouvray, diocese de Rouen, no norte da França.

Como todos os anos, cerimônias religiosas e civis foram realizadas para celebrar a memória do sacerdote, idoso de 85 anos, que entregou sua vida quando dois terroristas do Estado Islâmico invadiram uma igreja e o degolaram junto ao altar.

Os atos comemorativos neste ano de 2021 começaram no domingo, 25 de julho, com uma missa, o testemunho da irmã do sacerdote, Roselina Hamel, e uma vigília. Na manhã da segunda-feira, dia 26, realizou-se uma procissão silenciosa até a igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray. Em seguida, o arcebispo de Rouen, dom Dominique Lebrun, presidiu a missa em memória do padre Hamel na paróquia onde ele sofreu o martírio.

Uma cerimônia republicana pela paz e a fraternidade em homenagem ao padre Jacques Hamel, foi organizada pela Câmara Municipal de Saint-Etienne-du-Rouvray.

No dia 26 de julho de 2016, dois terroristas muçulmanos, Abdel-Malik Petitjean e um acompanhante, assaltaram a igreja Saint-Etienne-du-Rouvray sob o grito de “Allahu Akbar”(“Deus é grande”, em árabe), enquanto o padre Hamel celebrava a missa.

Os jihadistas começaram a atacar as imagens religiosas antes de se irem até sacerdote, que os confrontou: “Mas, o que estão fazendo?  Acalmem-se!”, disse-lhes o padre, segundo afirmam várias testemunhas.

Os terroristas queriam obrigar ao sacerdote que se ajoelhasse diante deles, mas o padre Hamel se negou. Ele foi apunhalado. Ferido, gritou “Afaste-se, Satanás!” antes de morrer.

O semanário francês La Vie publicou, recentemente, documentos obtidos da agência de inteligência francesa, a Direção-Geral de Segurança Interna (DGSI). Segundo a agência, foram decifradas mensagens do Telegram que demonstrariam um vínculo direto entre os assassinos do padre Hamel e a cúpula do Estado Islâmico na Síria.

Os documentos incluem conversas entre os terroristas e Rachid Kassim, um dos líderes do ISIS na Síria, que foi morto em Mossul, no Iraque, em 2017. Ele era o encarregado de recrutar terroristas de língua francesa.

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