Uma declaração atribuída ao arcebispo de Budapeste e primaz da Hungria, Cardeal Péter Erdö, que circula nas redes sociais contra a restrição do papa Francisco à missa tradicional é falsa. Um comunicado da arquidiocese divulgado na segunda-feira, 19 de julho, diz: “O Cardeal Erdö não emitiu nenhuma declaração sobre o assunto. A arquidiocese agirá de acordo com as indicações específicas estabelecidas no documento papal. Portanto, consideramos a suposta declaração acima como uma notícia falsa e uma tentativa mal-intencionada de semear a confusão entre os fiéis".  

No início da segunda-feira, 19 de julho, um falso "decretum" do cardeal começou a circular nas mídias sociais. "O primaz da Hungria tem autonomia por uma carta de privilégio outorgada pela Sé Apostólica em 1347, que jamais foi revogada. Esta carta afirma que o primaz é livre para decidir sobre assuntos litúrgicos dentro do território de toda a Hungria e sobre todos os húngaros. O motu proprio de 16 de julho de 2021 não menciona nenhuma limitação do privilégio acima mencionado. Isto me dá o direito, de acordo com as normas gerais do Código de Direito Canônico, de regular a questão da ‘forma extraordinária’ da Santa Missa, a meu próprio critério. Com este presente decreto declaro que, em virtude do privilégio outorgado ao meu ofício, continuarei regulamentando a celebração da liturgia tridentina com base na prática que tem sido usada, que é a mesma prevista no motu proprio Summorum pontificum", diz o texto falso.

A mensagem desmentida pela arquidiocese teve origem na rede social Reddit e foi retuitada massivamente.

Eduard Habsburg, embaixador da Hungria junto à Santa Sé e que é próximo ao Cardeal Erdö, fez um tweet com um esclarecimento: "O texto que circula na internet escrito pelo 'Cardeal Erdö' sobre um 'privilégio litúrgico de 1347' é 100% falso! Não acreditem em textos que se originam na Reddit!"

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