Manifestantes pró-aborto bloquearam uma procissão pró-vida em Nova York. O bispo de Brooklyn, dom Nicholas DiMarzio, disse à CNA, agência em inglês do grupo ACI, que as tentativas de calar a procissão das Testemunhas pela Vida, no dia 10 de julho último, foram “muito perturbadoras” e “desanimadoras”.

O dia de oração das Testemunhas pela Vida, que ocorre no segundo sábado de todo mês, começou normalmente com uma missa às 8hs na igreja de São Paulo. Seguiu-se uma procissão rezando o terço até o local de uma clínica do Planned Parenthood, a maior rede de clínicas de aborto do mundo, a sete quadras da igreja. Foi a terceira procissão semelhante no Brooklyn neste ano.

No sábado dia 10 de julho, o grupo Nova York pelos Direitos de Aborto (Nycfar, na sigla em inglês) se juntou do lado de fora da igreja de São Paulo antes da missa e gritou slogans durante toda a missa como: “Nossos corpos, nossas vidas, nosso direito de decidir”; “Igreja de São Paulo assedia pacientes”. Os manifestantes levavam cartazes com frases como “Deus ama o aborto” e “Esta igreja assedia mulheres”. Foi a segunda mês seguido em que manifestantes pró-aborto e as Testemunhas pela Vida se confrontaram.  

Kathryn Jean Lopez, integrante das Testemunhas pela Vida que também cobriu o evento para a revista bimensal conservadora National Review, disse à CNA que os pró-aborto de junho “ficaram literalmente na cara do padre Fidelis Mochinski e um outro padre”. O padre Mochinski lidera as Testemunhas pela Vida em Manhattan. Lopez disse que, como os manifestantes empurravam o padre Mochinski, a procissão do dia 12 de junho levou uma hora para andar os sete quarteirões.

Os organizadores das Testemunhos procuraram a polícia antes do evento de julho. “Explicamos que realmente precisávamos da polícia paraa garantir nossa segurança depois do que aconteceu em junho, que não nos sentíamos seguros, e que era perigoso”, disse à CNA Deborah Sucich, virgem consagrada da diocese de Brooklyn e organizadora dos eventos Testemunhas pela Vida. Tanto Sucich quanto Lopez elogiaram o trabalho da polícia. Vários policiais ficaram de guarda do lado de fora da igreja e acompanharam a procissão. Mesmo assim, a procissão levou duas horas para chegar à clínica de aborto.

“O que me impressionou foi a raiva”, disse Lopez. “E também as ofensas, não só dos manifestantes contrários, mas também das pessoas na rua. A coisa que eu posso repetir é ‘vocês são os piores’, mas você pode imaginar os palavrões e outras palavras que foram gritadas contra as pessoas.”

Sucich disse à CNA que, depois da marcha de sábado, a igreja de São Paulo recebeu por cem telefonemas ameaçadores até a tarde de segunda-feira. Um panfleto distribuído pela NYFCAR dizia para as pessoas ligaram para a paróquia.

“A violência pode ter a aparência de um homem dando socos”, dizia o panfleto. “Pode também parecer uma grande multidão de frequentadores de igreja rezando do lado de fora de uma clínica de aborto, tentando manipular e fazer pressão sobre as pessoas para que elas sigam com a gravidez a qualquer custo.”

“Nossa experiência nos diz que são os manifestantes pró-aborto que não tem a estamina para aparecer mês a mês”, disse Sucich. “Você sabe que as pessoas não param de rezar.”

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