O papa Francisco enviou um telegrama de condolências após a morte do cardeal Laurent Monsengwo Pasinya no domingo passado, 11 de julho, afirmando que ele “sempre esteve comprometido com o diálogo e a reconciliação” no Congo-Kinshasa.

O cardeal Monsengwo Pasinya estava doente e sua saúde havia piorado no início de julho. Transferido para Paris, França, o cardeal morreu no dia 11 de julho. O arcebispo de Kinshasa, capital do país, cardeal Fridolin Ambongo, deu a notícia da morte do cardeal Monsengwo Pasinya através de sua conta no Twitter. “Tenho a profunda dor de anunciar à comunidade cristã católica e a todas as pessoas de boa vontade a morte do cardeal Laurent Monsengwo”, informou o cardeal Ambongo.

O cardeal Laurent Monsegwo Pasinya nasceu em 1939, foi ordenado sacerdote em 1962 e bispo em 1980, por São João Paulo II. Em novembro de 2010, foi criado cardeal por Bento XVI.

Foi o primeiro africano a obter um doutorado em Escrituras pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma.

Como cardeal, ocupou diversos cargos no Congo, entre eles o de bispo auxiliar de Inongo, bispo auxiliar de Kisangani, arcebispo de Kisangani e arcebispo de Kinshasa. Também foi presidente do SECAM, o simpósio das conferências episcopais da África e Madagascar.

O cardeal congolês foi membro do Conselho de Cardeais que assessorava o papa Francisco. Deixou o cargo em outubro de 2018, um mês antes de se retirar como arcebispo de Kinshasa.

O papa Francisco enviou um telegrama ao atual arcebispo de Kinshasa, manifestando-lhe “seus mais sentidos pêsames” ao cardeal Ambongo, à família do cardeal Monsengwo e aos fiéis das dioceses de Inongo, Kisangani e Kinshasa, onde cardeal Monsengwo foi pastor.

“Peço ao Pai, com toda misericórdia, que acolha em sua paz e em sua luz este exegeta, este homem de ciência, este grande homem espiritual e intensamente consagrado ao serviço da Igreja”, afirmou Francisco no telegrama.

Ele também afirmou que cardeal Monsengwo sempre esteve “atento às necessidades dos fiéis, cheio de coragem e determinação”, “dedicou sua vida como sacerdote e bispo à inculturação da fé e à opção preferencial pelos pobres”.

“Encarnou a missão profética da Igreja. Um homem apaixonado pela justiça, pela paz e a unidade, que esteve fortemente envolvido no desenvolvimento humano integral na República Democrática do Congo”, disse o papa.

Além disso, ele disse que o cardeal Monsengwo “foi uma grande figura ouvida e respeitada na vida eclesial, social e política da nação e sempre esteve comprometido com o diálogo e a reconciliação entre seu povo”.

“Sua contribuição foi decisiva para o avanço do país. Fiel e próximo colaborador nos últimos anos, nunca deixou de contribuir para a vida da Igreja universal”, afirmou Francisco.

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