“Como Igreja, defenderemos sempre o direito da vida, como um dom de Deus”, disse dom Carlos Garfias Merlos, arcebispo de Morelia e vice-presidente da Conferência Episcopal do México (CEM), após a aprovação do aborto até 12 semanas de gestação no Estado de Hidalgo.

Em comunicado divulgado em 10 de julho, dom Garfias disse: “diante da recente aprovação da descriminalização do aborto no estado de Hidalgo, a Igreja no México faz um chamado aos Congressos dos Estados a favorecer o dom da vida, exortando-os a favorecer leis que cuidem e protejam os seres humanos desde a sua concepção até à sua morte natural”.

“A arquidiocese de Morelia manifesta pública e abertamente o pedido feito ao Congresso do Estado de Michoacán, para que a discussão sobre a descriminalização do aborto no Estado não seja incluída na agenda pública, como solicitaram diversas organizações civis”, expressou.

Em 30 de junho, o Congresso de Hidalgo aprovou a descriminalização do aborto até as 12 semanas de gravidez com 16 votos favoráveis do partido Morena, do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador. Líderes pró-vida denunciaram diversas irregularidades no processo legislativo. No dia 9 de julho, eles entregaram uma denúncia penal à promotoria especializada em crimes de corrupção no estado de Hidalgo.

Dom Garfias Merlos afirmou que a Igreja continuará “proclamando a sacralidade da vida humana", e enfatizou que “o Evangelho da vida está no centro da mensagem de Jesus”.

O vice-presidente da CEM disse que “continuaremos defendendo a vida humana, e exigindo ao mesmo tempo, a promoção de leis que protejam a vida desde seu início até seu fim natural, tanto ao novo ser, como também à mãe”.

Em nome da Igreja, ele pediu às autoridades “leis que promovam a atenção à mulher, que evitem a violência contra ela, como o assédio sexual, o estupro e a violência, tanto em seus lares, como na escola, no trabalho ou na via pública”.

“Como arquidiocese de Morelia, nos unimos em oração para pedir que o Espírito Santo ilumine os atores políticos na promoção da sacralidade da vida e na defesa e proteção da mulher. Pedimos que Michoacán seja um estado livre de violência e que favoreça o dom da vida”, concluiu.

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