Depois de reconhecer que o fenômeno migratório é "imparável", os bispos das diocese do sul da Espanha advertiram que se trata de uma "questão vital" não só para os países pobres mas também para os "povos mais ricos" pelo que pediram a participação de toda a comunidade internacional.

"O fenômeno migratório é imparável e não admite espera. É uma questão vital para todos, também para os povos mais ricos, nele implica a União Européia, as Nações Unidas e aqueles organismos internacionais que se criaram para promover a justiça, a liberdade e a paz", manifestaram os prelados reunidos em Assembléia Ordinária na cidade de Córdoba.

Através de um comunicado, os bispos reiteraram o valor "sagrado e inalienável" das pessoas "seja qual for sua condição e país de origem" e recordaram que "o futuro de um povo não consiste em que seus melhores filhos o abandonem, mas em tratar de alcançar um pleno desenvolvimento cultural, econômico, social e político".

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Ao refletir sobre os dramáticos acontecimentos de Ceuta e Melilla que nas semanas anteriores deixaram um saldo de vários imigrantes mortos ao tentar cruzar ilegalmente a fronteira entre Marrocos e Espanha, os prelados destacaram o destino universal dos bens da terra e a capacidade do homem para "promover a adequada ordem social e produtiva que faça possível erradicar a fome, a injustiça e a enfermidade".

Finalmente, os bispos fizeram um chamado a "compreender esta nova realidade de nossa época, assim como a nos abrir para acolher e conviver, respeitosa e pacificamente, com aqueles irmãos nossos que se incorporam a nossa sociedade".