O papa Francisco anunciou no domingo 4 de julho que vai a Budapeste, na Hungria, em 12 de setembro para a missa de encerramento do 52º Congresso Eucarístico Internacional e, em seguida, faz uma visita oficial à vizinha Eslováquia.

"A comunidade católica espera a chegada do Santo Padre com grande alegria e amor. Rezamos para que sua visita seja o sinal de esperança e um novo começo após a pandemia", disse o arcebispo de Esztergom-Budapeste, cardeal Péter Erdő no domingo 4 de julho.

Francisco relutou em fazer de sua passagem por Budapeste uma visita oficial à Hungria. O National Catholic Register, apurou que o papa só pretendia ir à missa de encerramento do congresso eucarístico, e não se encontrar com o presidente János Áder, que é católico, e com o primeiro-ministro Viktor Orbán. Conservador, Orbán é duramente criticado na União Européia por suas posições contra a agenda LGBT e contra o aborto. Isso causaria um mal-estar diplomático sério na visão de autoridades da Hungria e da Santa Sé.

Um comunicado da conferência episcopal da Hungria de 9 de junho diz que, antes da Missa de encerramento do congresso eucarístico, haverá um encontro “em local reservado” entre o papa Francisco e “os chefes do Governo húngaro, Áder János, Presidente da República, Victor Orbán, Primeiro-Ministro, membros do Governo e outros dignatários”.

“Não há verdade, por exemplo, nas informações que circulam atualmente, de que o Santo Padre gostaria de evitar o contato com qualquer pessoa prevista em seu programa”, diz o comunicado. Não há, porém, previsão de que o papa visite nenhuma sede governamental húngara, como é normal numa visita oficial a um Estado.

Depois da missa em Budapeste, o papa visita Bratislava, capital da Eslováquia, Prešov, Košice, duas das maiores cidades eslovacas, e Sistina onde fica um dos santuários marianos mais importantes do país. Como a visita à Eslováquia será uma visita oficial, o papa será recebido pela presidente Zuzana Čaputová, política de esquerda, ex-advogada e ativista ambiental. O programa oficial da viagem ainda não foi divulgado.

“Penso que muitos de nós estamos, neste momento, muito felizes em voltar à lembrança da visita do Santo Padre João Paulo II", disse o arcebispo de Bratislava Stanislav Zvolenský, presidente da conferência dos cispos da Eslováquia. O papa polonês esteve na Eslováquia em 1995. "Novamente podemos dizer que o sucessor dos apóstolos, agora papa Francisco, está vindo para a Eslováquia".

A última vez que um papa participou de um Congresso Eucarístico Internacional foi no ano 2000, quando João Paulo II participou do evento em Roma no marco do Grande Jubileu.

João Paulo II foi também o último papa a ir à Hungria, em 1996.

Cerca de 62% dos 9,8 milhões de húngaros são católicos. O país sediou pela última vez o Congresso Eucarístico Internacional em 1938.

A Eslováquia tem 5,5 milhões de habitantes dos quais cerca de 62% são católicos.

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