A arquidiocese de Xalapa, no estado mexicano de Veracruz, alertou para o fato de que a descriminalização do aborto só serviu para “aumentar o ambiente de violência” que o país está vivendo.

Na mensagem dominical arquidiocesana de 4 de julho, o padre José Manuel Suazo, porta-voz da arquidiocese de Xalapa, lamentou a recente aprovação da descriminalização do aborto no estado de Hidalgo, em 30 de junho.

“Com essa aprovação, será permitido o assassinato das crianças que estão no ventre materno até a 12ª semana”, lamentou.

No dia 30 de junho, com 16 votos favoráveis dos deputados do partido Morena, do presidente do México Andrés Manuel López Obrador, o congresso de Hidalgo aprovou a descriminalização do aborto, livre e a pedido, até a 12ª de gestação. Hidalgo é a terceira unidade federativa do México a permitir o aborto, junto com a Cidade do México, apital federal, e o Estado de Oaxaca.

Depois de denunciar que a aprovação do aborto em Hidalgo “esteve cheia de irregularidades e de mentiras”, o padre Suazo disse que “lamentamos esta imposição da cultura da morte”.

“Aqueles que promovem esse tipo de iniciativas assassinas só aumentam as condições para que haja mais vítimas, mais mortes e mais derramamento de sangue inocente”, disse ele.

O sacerdote mexicano disse também que, “na aprovação dessa iniciativa são usadas várias mentiras”. “O aborto não é a ´interrupção legal da gravidez', com o aborto nada se interrompe: se aniquila uma vida inocente. Portanto, todo aborto provocado é um crime hediondo”.

“O aborto também não é gratuito: é pago com os impostos do povo”, e “não é seguro, pois a única certeza é que se tira a vida de um inocente e se põe em risco a vida da mãe”, concluiu.

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