Para os jovens do Lar de Cristo San Jose de la Matanza em Buenos Aires, na Argentina, a fé é muito importante na luta contra as drogas. Os jovens incentivaram as pessoas que querem sair da dependência a não deixarem que a esperança lhes seja roubada.

E sua página na internet, o Lar de Cristo diz ser uma federação de “centros distritais” com o propósito de “dar uma resposta integral às situações de vulnerabilidade social e/ou consumos problemáticos de substâncias psicoativas, priorizando a pessoa e suas qualidades”.

“Nossos centros distritais recebem as pessoas que sofrem pela solidão, órfãos, desesperados, doentes e pessoas com a saúde comprometida pelo consumo de drogas. Nos aproximamos de cada história sagrada pessoal e acompanhamos o percurso de seu corpo e alma, reconhecendo-a como pessoa, imagem e semelhança de Deus, com a possibilidade de amar e vincular-se com os demais”, afirma o texto da página.

Os jovens do Lar de Cristo compartilharam seu testemunho à ACI Prensa e afirmaram que a fé “é tudo para uma pessoa em recuperação” que se encontra na luta contra as drogas. Eles frisaram que “o único que salva você é Deus”.

“É uma experiência de resgate e salvação. Não é a ideia de Deus, nem a religião como costume ou tradição. É a experiência de Deus vivo”, afirmaram.

Além disso, disseram que “Deus é amor, é misericórdia, é ternura, compaixão, paciência, carinho”, é o “Deus pastor de ovelhas perdidas, o Deus Pai misericordioso, o Deus bom samaritano”.

“É Deus que vive numa comunidade que abraça a vida como ela vem, ou que a sai para buscá-la como ela está, que evangeliza a partir do amor, servindo e estando ao lado de quem sofre”, acrescentaram.

Os jovens disseram que, em sua história de recuperação, foi a Igreja “que nos deu um lugar, e Deus, uma missão”. Para eles, a “Grande Família do Lar de Cristo é um exemplo de fé” e “um dos maiores lugares que luta contra as drogas”.

Em referência às palavras do papa Francisco em sua visita ao Chile, os jovens afirmaram que sua missão não é “dar de comer ao que tem fome ou beber ao que tem sede”. Sua missão é “acreditar que quem tem fome ou sede, o hóspede, o doente ou o preso, tem a dignidade e o valor para sentar-se em minha própria mesa, de entrar em minha própria casa e que eu o faça ser realmente alguém da minha família”.

Também afirmaram que a vida de todos os santos são um exemplo para as pessoas que lutam contra a toxicodependência, e citaram o ensinamento de São Luís Orione: “na porta da minha casa, você não será perguntado pelo seu nome, sua raça ou sua religião. Você será perguntado sobre qual é a sua dor”.

“Tentamos seguir o exemplo de Santo Alberto Hurtado. Como ele dizia: o pobre é Cristo”, disseram.

Com São João Bosco, eles aprendem “a chegar antes”. Lembraram que, para a “Madre Teresa de Calcutá, quem não vive para servir não serve para viver”, e que para o futuro beato Dom Enrique Angelelli, é preciso ter “um ouvido no povo e outro no evangelho”.

Com dom Romero, aprendemos que “a glória de Deus é que o pobre viva”. E com o Santo Cura Brochero, que “Deus é como os piolhos: estão em todo lugar, mas preferencialmente com os pobres”, acrescentaram.

Também pediram aos jovens que lutam contra as drogas que venham ao Lar de Cristo. “Deus os ama e tem tempo e paciência. Ele espera”, disseram. Todos “merecem uma oportunidade para mudar suas vidas e nada está perdido. É possível recomeçar, e começar de novo... Não deixem que a esperança lhes seja roubada”, acrescentaram.

Finalmente, incentivaram as pessoas que têm entes queridos a que lutem contra a toxicodependência, a que não se cansem de ajudá-los, porque “a família é a coisa mais importante para as pessoas viciadas”.

“Não desistam e, de coração, apeguem-se a Deus”, concluíram.

Confira também: