O papa Francisco afirmou à delegação da Federação Luterana Mundial que o ecumenismo não é um exercício de diplomacia, mas uma busca pela “unidade reconciliada nas diferenças”. Durante o encontro na sexta-feira, 25 de junho, o papa exortou "todos aqueles que estão comprometidos com o diálogo católico-luterano” a prosseguirem, “com confiança na oração incessante”, a busca por uma maior unidade.

O Pontífice recordou com os presentes algumas passagens de sua visita a Lund, cidade onde a Federação foi fundada, no marco de sua viagem apostólica à Suécia, em 2016.

"Naquela inesquecível etapa ecumênica, experimentamos a força evangélica da reconciliação, atestando que “através do diálogo e do testemunho compartilhado não somos mais estranhos”, mas irmãos, disse o papa. “Tudo o que a graça de Deus nos dá a alegria de experimentar e partilhar, a superação crescente das divisões, a cura progressiva da memória, a colaboração reconciliada e fraterna entre nós, encontra o seu fundamento precisamente no único batismo para os remissão de pecados”.

Para Francisco, o ecumenismo “não se baseia em mediações e acordos humanos, mas na graça de Deus, que purifica a memória e o coração, supera as rigidezes e se dirige para uma comunhão renovada”.

“Hoje, também nós, assim como Cristo, vivemos uma espécie de paixão”, disse o papa ao nigeriano Panti FIlibus Musa, presidente da federação luterana mundial. “Por um lado, sofremos porque ainda não é possível reunir-nos em torno do mesmo altar; por outro, vemos o ardor pelo serviço à causa da unidade, pela qual o senhor orou e ofereceu a sua vida”.

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