A diocese de Cúcuta, na Colômbia, condenou o atentado contra uma base militar do exército na terça-feira, 15 de junho, dizendo que o ódio e a vingança criam redemoinhos de violência. A explosão de um carro-bomba na Trigésima Brigada do Exército Nacional deixou 36 pessoas feridas. Três delas estão em estado grave.

Em declarações a Noticias Caracol, o comandante da Segunda Divisão do Exército, general Marco Evangelista Pinto, confirmou que as explosões ocorreram no interior do quartel, em uma área próxima à entrada, afetando principalmente os dormitórios e alguns escritórios.

As instalações da base militar não estavam funcionando na sua capacidade total devido a medidas de distanciamento social contra a propagação da covid-19.

Em nota à imprensa, o ministro da defesa Diego Molano “rejeitou veementemente esse ato vil que pretendia atacar a integridade de nossos soldados” e afirmou que a hipótese inicial é que o Exército de Libertação Nacional (ELN) “está por trás desse ato demente e vil”. “O envolvimento de dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) também está sendo investigado”, acrescentou.

Em nota, o administrador apostólico de Cúcuta, dom José Libardo Garcés Monsalve, afirmou que a diocese “rejeita com firmeza todos os atos violentos” e que o atentado produz “terror, dor, incerteza e desconfiança no povo colombiano”.

“Manifestamos os nossos mais profundos e sinceros sentimentos de solidariedade e proximidade às famílias e vítimas do atentado. Confiamos o seu cuidado e rápida recuperação à proteção da bem-aventurada Virgem Maria e do patriarca São José”, acrescentou.

Dom Garcés fez um “apelo urgente aos autores desses atos” para que não se deixem levar pelo redemoinho de violência que “se agita com ódio e vingança. Ao contrário, encontremos a saída através do diálogo, do perdão e da reconciliação, com a participação de todos”.

“O Portão da Fronteira, a Pérola do Norte, como Cúcuta é conhecida, continua sendo um lugar onde a fraternidade e a caridade, o amor e o respeito pela vida são os nossos maiores bastiões para conquistar a paz e o progresso das comunidades dessa região fronteiriça”, afirmou.

O bispo finalizou a mensagem convidando todas as pessoas de boa vontade “a intensificar e perseverar na oração” para pedir a Deus que mantenha a Colômbia “no coração de seu Filho, um lugar onde se aprende a amar e a perdoar”.

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