O Vaticano está preparando o encontro que acontecerá no dia 1º de julho entre o papa Francisco e os líderes cristãos do Líbano.

No dia 30 de maio, o Santo Padre disse que a reunião consistirá em um “dia de reflexão sobre a situação preocupante do país” e uma oportunidade para “rezar juntos pelo dom da paz e da estabilidade” com os “líderes das comunidades cristãs presentes no Líbano”.

Ao finalizar a oração do Angelus, no último domingo, o pontífice confiou “esta intenção à intercessão da Mãe de Deus, tão venerada no Santuário de Harissa”, e pediu a todos que acompanhassem “a preparação deste evento com a oração solidária, invocando para aquele querido país um futuro mais sereno”.

O núncio apostólico no Líbano, dom Joseph Spiteri, explicou que o encontro se realizará “no espírito do encontro de Bari” com o tema “Mediterrâneo: fronteira de paz”. Ele afirmou que “todos os chefes das Igrejas católica, ortodoxa e protestante do Líbano foram convidados” e que à tarde haverá “um encontro de oração presidido pelo papa na basílica de São Pedro”.

Segundo dom Spiteri, também estrarão presentes o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, cardeal Leonardo Sandri, o presidente do Pontifício Conselho para a promoção da unidade dos cristãos, cardeal Kurt Koch, e diplomatas que representam o Líbano perante a Santa Sé.

A reunião em favor do Líbano será semelhante ao retiro de oração que o papa realizou com os líderes do Sudão do Sul, em abril de 2019.

Até agora, quatro patriarcas libaneses confirmaram sua presença no Vaticano: o patriarca da Igreja Maronita, cardeal Béchara Boutros Rai; o patriarca de Antioquia dos Sírios, Ignacio José III Younan; o patriarca sírio ortodoxo de Antioquia e todo o oriente, Inácio Aphrem II Karim; e o catholicos da grande casa da Cilícia da Igreja apostólica armênia, Aram I.

Os organizadores informaram que líderes políticos não participarão da jornada.

Em diversas ocasiões, o papa expressou sua proximidade ao povo do Líbano, país que tem acolhido refugiados de toda a região, principalmente da Síria, Palestina e Iraque. O Santo Padre já afirmou que deseja “visitar o país logo que haja condições” e desejou que “o Líbano, com a ajuda da comunidade internacional, represente mais uma vez 'a força dos cedros, a diversidade, que da fraqueza se torna força no grande povo reconciliado', com sua vocação a ser uma terra de encontro, de convivência e de pluralismo”.

Recentemente, o cardeal Béchara Boutros Rai solicitou à ONU uma conferência internacional para o Líbano e promoveu a neutralidade ativa.

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