Um bispo católico suíço decidiu nomear leigos para o lugar de vigários episcopais. O bispo Charles Morerod, O.P., da diocese de Lausanne, Genebra e Friburgo desde 2011, revelou a decisão numa entrevista de 25 de maio ao site católico kath.ch, da Suíça. "Em virtude do batismo, os leigos têm um papel ativo na vida da Igreja e devem não somente cuidar de assuntos administrativos, mas também ser ativos no cuidado pastoral", disse Morerod. "Esta cooperação é uma coisa positiva. Ela já existe, mas podemos desenvolvê-la ainda mais positivamente".

Os três vicariatos envolvidos serão agora conhecidos como "regiões diocesanas". Segundo o bispo, seus representantes cuidarão de "questões locais" e as discutirão com ele em nível diocesano.

O Código de Direito Canônico, o corpo de leis eclesiásticas para a Igreja Latina, diz que "em cada diocese o bispo diocesano deve nomear um vigário geral para auxiliá-lo no governo de toda a diocese". O bispo também pode nomear um ou mais vigários episcopais, cuja competência "é limitada a uma determinada parte da diocese, ou a um tipo específico de atividade, ou aos fiéis de um rito particular, ou a certos grupos de pessoas".

Morerod, que serviu como reitor do Instituto Angelicum em Roma, a universidade dos dominicanos na capital italiana, e como secretário geral da Comissão Teológica Internacional, disse a kath.ch que havia consultado a Congregação para o Clero do Vaticano sobre as mudanças. "Falei principalmente sobre questões terminológicas”, disse. “Para evitar a impressão de que estamos simplesmente substituindo um vigário episcopal sacerdote por um vigário episcopal leigo".

Em uma entrevista com a kath.ch, em 26 de maio, o bispo de 59 anos negou que as mudanças se destinem a concentrar o poder em suas mãos. "Qualquer um que fale desta maneira tem suposições erradas sobre leigos em posições de liderança", disse.

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