Os sacerdotes Ángel Pérez López e Israel Pérez López não só compartilham o trabalho como pároco e vigário paroquial na igreja de San Cayetano, em Denver, Estados Unidos. Eles também são irmãos de sangue.

Os dois padres cresceram em uma família católica na Espanha, onde tiveram a experiência da fé e encontraram o chamado de Deus para viver a vocação consagrada.

Em entrevista a Liliana Aceves, do jornal El Pueblo Católico, o padre Ángel revelou que ter sentido o chamado de Deus desde muito cedo. Em uma reunião à qual ele compareceu com seus pais, pediram aos presentes que estavam sentindo o chamado ao sacerdócio que se apresentassem. Naquele momento, o menino de oito anos se aproximou porque pensava que Deus o estava chamando para essa vocação.

Com o passar do tempo, o padre Ángel se esqueceu daquele momento e “seus pais não falaram mais sobre o que ele havia dito naquele dia”. Quando chegou à adolescência, seus planos se concentraram em se casar e constituir família.

O padre lembrou que por três anos esteve namorando uma garota, mas que sentia estar caminhando por um caminho separado. “A razão pela qual eu não estava totalmente satisfeito era porque não tinha parado para perguntar a Deus o que Ele queria exatamente da minha vida. Foi naquele momento que tive a liberdade de dizer a Deus que estava disposto a fazer o que Ele quisesse”, disse o padre Ángel. Aos 19 anos, entrou para o seminário de Denver para dar início aos seus estudos y à consagração da sua vida a Deus.

Israel, irmão 5 anos mais novo de Ángel, desde os 12 anos teve claro o seu chamado à vida consagrada. A decisão foi reforçada pelo milagre de seu nascimento.

O artigo relata que a mãe do padre Israel sofreu uma doença complicada durante a gravidez e, “devido ao remédio que precisou tomar, o bebê deveria ter morrido ou nascido com muitos problemas de saúde. Como era uma gravidez de alto risco, propuseram o aborto, mas ela recusou”.

“Deus fez um milagre para que isso acontecesse. Não me correspondia viver e Deus interveio”, disse o padre. “Acima de tudo, foi essa ideia que me fez ver claramente que minha vida era para o Senhor, dessa forma particular”, acrescentou.

Os dois sacerdotes asseguraram que têm uma visão única sobre o sacerdócio e a Igreja, o que facilitou o exercício do ministério juntos.

“Tenho total confiança quando o padre Israel fica encarregado de alguma coisa e eu vou embora”, disse o padre Ángel. “Eu sei que ele fará o mesmo que eu ou muitas vezes melhor. Na verdade, gosto de dizer aos paroquianos que o padre Israel é cinco anos mais novo do que eu e o que acontece com os iPhones, acontece com a gente: quanto mais modernos, mais aplicativos eles têm e mais coisas eles fazem. Então, ele é a melhor versão de mim”, acrescentou.

O padre Israel disse estar convencido de que a amizade deles não vem só de serem irmãos, mas do próprio Deus que os faz viver em comunhão.

“Não é a carne, nem o sangue, nem mesmo as afinidades naturais. É o Senhor. Ele é a verdade, Ele é o nosso bem. É o que temos em comum e o que nos faz viver nessa harmonia”, destacou.

O padre Israel destacou que o importante é ter Deus em primeiro lugar. Sem Ele, há rivalidade entre irmãos ou qualquer outra pessoa.

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