A Igreja em Myanmar pede a libertação do sacerdote da Diocese de Banmaw, padre Columban Labang Lar Di, que foi detido por soldados enquanto desempenhava funções pastorais em áreas afetadas pelo golpe militar no país.

Membros da igreja disseram ao UCA News que o sacerdote foi detido ao fazer uma viagem de um dia entre Banmaw e Myitkyina, em 14 de maio.

Embora ele tenha saído de manhã cedo, quando ainda não havia muitas pessoas na estrada, foi abordado por soldados que verificaram seus documentos de identidade e seu telefone celular.

Membros da Igreja informaram que, no celular, foram encontradas fotos de transferidos internos, porque na paróquia dirigida pelo padre Lar Di há um campo de refugiados. Em seguida, ele foi levado ao quartel para ser interrogado.

Um clérigo da diocese de Banmaw disse ao UCA News que eles estão tentando estabelecer comunicação com os militares “para que saibam que ele é um sacerdote e que está cumprindo um dever pastoral. Esperamos que seja libertado em breve”.

Desde 1º de fevereiro, Myanmar tem visto confrontos sangrentos entre as forças de segurança e os manifestantes que protestam contra o golpe militar que derrubou a líder Aung San Suu Kyi.

Mais de 790 pessoas morreram desde o início da crise, onde Myitkyina, a capital do estado de Kachin, experimentou alguns dos piores atos de violência.

A prisão do Pe. Lar Di ocorre em meio a um conflito cada vez pior entre os militares e o Exército da Independência de Kachin (KIA), que obrigou a mais de 5.000 pessoas a se deslocarem de Kachin.

A Igreja no país prestou ajuda humanitária aos refugiados em mosteiros e paróquias.

O Papa Francisco presidiu a Missa no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro no Vaticano, em 16 de maio, sétimo domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão do Senhor, para orar junto com alguns fiéis de Myanmar que vivem na Itália.

“A oração nos abre para confiar em Deus, mesmo nos momentos difíceis. Nos ajuda a ter esperança contra todas as evidências, nos sustenta na batalha diária. Não é uma fuga, uma forma de escapar dos problemas. Pelo contrário, é a única arma que temos para proteger o amor e a esperança em meio a tantas armas que semeiam a morte”, sublinhou o Santo Padre.

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