A jovem influenciadora de moda Enya, que tem síndrome de Down, é protagonista da capa da edição de maio de 2021 da revista Glamour, nos Países Baixos.

Por meio de seu perfil no Instagram, @downsyndrome_queen, onde tem quase 71 mil seguidores, Enya, de 24 anos, publicou a capa de maio da Glamour e disse que “não consigo descrever em palavras o quanto isso significa para mim”.

 

"É minha primeira capa, mas também a primeira capa importante nos Países Baixos com alguém com síndrome de Down", destacou.

“Vocês são um exemplo para muitos e espero que muitos continuem”, acrescentou Enya referindo-se ao pessoal da revista.

Segundo a também revista de modas Elle, Enya começou há dois anos no mundo do Instagram graças à irmã, Céline, que seguia muitas contas de moda e beleza e lhe compartilhou a ideia de participar na rede social.

Enya também foi entrevistada pela revista Vogue em março deste ano. “Desde que nasci, o mundo exterior me rotulou”, disse ela à Vogue. “Claro que há pessoas que me olham e me tratam de maneira diferente, mas por outro lado, também trouxe muitas coisas boas e pessoas”.

“Por exemplo, com a minha conta do Instagram tento fazer as pessoas me entenderem por quem eu sou”, disse, acrescentando que “quero mostrar-lhes que tenho uma vida boa, que posso fazer (quase) tudo e que tenho um futuro com sonhos".

A editora-chefe da Glamour Países Baixos, Anke de Jong, disse no final de abril que "Enya roubou meu coração".

De acordo com a Clínica Mayo, "a síndrome de Down é um distúrbio genético que surge quando a divisão celular anormal produz uma cópia adicional total ou parcial do cromossomo 21".

"Uma melhor compreensão da síndrome de Down e intervenções precoces podem aumentar muito a qualidade de vida das crianças e dos adultos que sofrem com este transtorno, e os ajudam a ter vidas satisfatórias”, explicou a instituição médica norte-americana.

Depois de destacar que "não existem fatores comportamentais ou ambientais conhecidos que causem a síndrome de Down", a Clínica Mayo afirma que "na maioria das vezes, a síndrome de Down não é hereditária".

 

Por sua vez, o MedlinePlus, um serviço de informação da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, disse que embora “a síndrome de Down não tenha cura” se recebem “apoio e atenção, muitas pessoas com síndrome de Down podem levar vidas felizes e produtivas”.

Infelizmente, especialmente na Europa, diminuiu o número de bebês nascidos com síndrome de Down por causa do aborto.

Um artigo da CBS News revelou que 77% dos bebês com síndrome de Down na França são abortados, enquanto a porcentagem chega a 98% na Dinamarca. Na Islândia, quase 100% dos bebês são abortados se forem diagnosticados com síndrome de Down.

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Nos Estados Unidos, a porcentagem de bebês abortados por ter síndrome de Down é de cerca de 67%.

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