O Papa Francisco vai inaugurar um congresso sobre o futuro da demografia na Itália. O objetivo é chamar falar da responsabilidade de reconstruir o país após a pandemia incentivando novos nascimentos. A Itália é atualmente o país da Europa com menor taxa de natalidade seguida pela Espanha, Grécia, Finlândia e Portugal.

O evento, denominado Estados Gerais da Taxa de Nascimento, será realizado na sexta-feira, 14 de maio às 9h15, horário local (14h15 em Brasília), no Auditório della Conciliazione, próximo à Praça de São Pedro. A iniciativa é do Forum delle Associazioni Familiari (Forum das Associações Familiares), que reúne vários grupos que defendem a vida e a família na Itália.

“O Fórum foi fundado em 1992 com o objetivo de trazer à atenção do debate cultural e político italiano a família como um tema social. Desde então, ela tem reunido movimentos e associações do mundo católico que têm entre seus interesses estatutários a defesa da família. Até o momento, o Fórum é composto por 47 associações e 18 fóruns regionais, que por sua vez são compostos por fóruns locais e 582 associações”, diz o site oficial da associação.

O evento reunirá empresas, mídia, instituições e representantes do mundo da cultura para discutir a crise demográfica na Itália.

Relatório do Instituto Nacional Italiano de Estatística (ISTAT) divulgado em 3 de maio de 2020 mostra que houve nova redução no número de nascimentos, uma tendência que se observa desde 2008. Em 12 anos o número de nascimentos anuais passou de 557 mil para 404 mil, uma redução de 30%.

Segundo o Eurostat (a agência de estatísticas da União Européia), a Itália é o país com a menor taxa de natalidade da União Européia, com apenas 7 nascimentos por cada 1.000 habitantes.

Após o discurso do Papa Francisco, a Ministra italiana da Família, Elena Bonetti, o Ministro da Educação, Patrizio Bianchim, e o Presidente da Região do Lácio, Nicola Zingaretti, tomarão a palavra.

O Presidente do ISTAT, Gian Carlo Blangiardo, apresentará então dados e projeções sobre a taxa de natalidade na Itália para as próximas décadas.

Em seguida, haverá três mesas redondas com a participação de representantes de empresas, bancos, da mídia, do esporte e do entretenimento.

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