Cinco meses depois de ser sequestrado, Nabil Habashy Salama, um cristão copta ortodoxo, foi assassinado no início desta semana por militantes do Estado Islâmico no Egito.

Um vídeo de 18 de abril, mostra que Habashy, de 62 anos, morreu com um tiro na cabeça estando ajoelhado no deserto egípcio.

 

O filho de Habashy, Peter Salama, enviou uma mensagem após o assassinato dizendo que os terroristas do Estado Islâmico, em um esforço para fazer o cristão abandonar sua fé, "humilharam meu pai e quebraram todos os seus dentes para torturá-lo".

"No entanto, apesar de tudo isso, ele se manteve firme", afirmou.

Salama disse que "os militantes do Estado Islâmico entravam em contato comigo durante o tempo em que meu pai estava sequestrado e, embora soubesse que estava sob pressão, ele me dizia: ‘Está tudo bem, graças a Deus’”.

As forças de segurança egípcias capturaram e mataram três dos terroristas responsáveis ​​pela morte de Habashy, que foi sequestrado em frente a sua casa em Bir-al-Abd, norte do Sinai, em novembro de 2020.

Habashy era empresário, dono de uma joalheria, uma loja de celulares e de roupa, além de ser ativo na comunidade cristã. Usou seus recursos financeiros para ajudar a construir a igreja da cidade, Santa Maria.

A gerente de comunicações da organização de direitos humanos In Defense of Christians (IDC), Sarah Bassil, disse à EWTN News que Habashy era “um paroquiano muito ativo na igreja local e ajudou a construir uma das únicas igrejas na área, por isso a sua perda é verdadeiramente sentida pela comunidade”.

Salama disse que seu pai “entregou o seu coração e a sua alma a esta igreja, e sempre dizia: 'Não pense que estou construindo esta igreja para este mundo; estou construindo um lugar no céu para mim’”.

Em um comunicado, a Igreja Copta Ortodoxa chamou Habashy de "um filho e servo fiel" que "seguiu sua religião até a morte".

Bassil disse que os coptas no Egito, a maior comunidade cristã do mundo árabe, têm muitos direitos legais negados ao enfrentar o aumento da violência física.

“Infelizmente, esta é a realidade da comunidade copta no Egito e IDC preocupa-se cada vez mais pela situação”, acrescentou.

Em 2017, duas igrejas coptas ortodoxas no norte do Egito foram bombardeadas por terroristas do Estado Islâmico durante a celebração do Domingo de Ramos. Os ataques mataram pelo menos 44 pessoas e feriram mais de 100.

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