Diversas associações civis e diocesanas manifestaram seu apoio à manifestação convocada para 12 de novembro em Madri pelos pais de família e de alunos espanhóis contra o projeto de lei Orgânica de Educação (LOE) ao considerá-la "liberticida" e tratar de "impô-la sem diálogo".

Assim divulgaram a plataforma cidadã HazteOir.org (HO) e o Conselho Diocesano de Leigos da arquidiocese de Madri.

Através de um comunicado, HO deu a conhecer sua adesão à manifestação contra a LOE "por considerar que esta lei pretende afogar as liberdades". Trata-se de uma legislação "liberticida imposta sem diálogo, que invade as competências dos pais e diminui o nível acadêmico espanhol, já muito deteriorado, em relação ao que refletem os estudos da União Européia", diz a nota publicada pela plataforma nesta terça-feira.

Segundo o presidente do HO, Ignacio Arsuaga, "esta lei ataca todos os pais que querem decidir como educar seus filhos. Sair à rua contra esta lei é um dever de quem acredita nas liberdades individuais e na necessidade de uma boa educação e de uma excelente formação cultural".

No mesmo tom, o Conselho Diocesano de Leigos da arquidiocese de Madri criticou o projeto que deverá ser debatido em breve no Congresso dos Deputados e expressou seu apoio à manifestação convocada pela Confederação Católica Nacional de Pais de Família e Pais de Alunos (CONCAPA) e outras associações.

Segundo o Conselho, a lei "limita a liberdade de ensino estabelecido pela Constituição Espanhola e não facilita um Pacto escolar de Estado que dê estabilidade ao sistema educativo espanhol".

O Conselho de Leigos animou a todos os movimentos eclesiásticos, associações e leigos a participar da manifestação como "mostra de apoio a estas organizações", representantes da maioria de pais de alunos da Espanha, "e cujas críticas sobre o projeto de lei não foram levadas em conta até o presente".