Diante de uma nova Semana Santa que o mundo viverá em meio à crise da pandemia de Covid-19, o padre mexicano Hugo Valdemar comentou sobre o que se pode aprender e o que Deus nos quer dizer neste tempo.

Em conversa com ACI Prensa, seviço em espanhol do grupo ACI, Pe. Valdemar, penitenciário canônico da Arquidiocese primaz do México, ressaltou que viver estes dias santos por mais um ano com a pandemia ensina que “não somos invencíveis, que somos necessitados de salvação e redenção”.

Além disso, continuou, a crise que o mundo vive nos mostra que “só unidos a Deus, a Cristo Senhor, é possível vencer o pecado e a morte.”

“Hoje mais do que nunca precisamos reconhecer que, sem Deus, sem seu imenso amor manifestado através de Jesus, estamos destinado à ruína e à morte. Só Jesus pode nos salvar e está disposto a fazê-lo para quem o chama e pede seu auxílio e misericórdia”, disse.

Segundo a universidade americana Johns Hopkins, um dos mais importantes centros de estudo de medicina do mundo, até o dia 26 de março haviam sido confirmados mais de 126 milhões de casos de Covid-19. Foram registrados 2,7 milhões de mortos por causa da doença no mundo todo.

Pe. Valdemar animou os católicos a não esquecer que os dias da Semana Santa “são dias santos, como se dizia antigamente. São dias para ‘guardar’, quer dizer, são um espaço para reserevar nosso tempo para Deus”.

“É verdade que se viverá uma Semana Santa cheia de restrições, a maioria delas absurdas e ridículas às quais aderiram muitos pastores de modo acrítico”, lamentou o sacerdote.

“Mas, independente da presença  nos templos, deve-se buscar espaço para participar, seja pelos meios de comunicação ou através das diversas transmissões. Ou, melhor ainda, de maneira pessoal e familiar.”

Estes dias devem ser vividos “refletindo, orando, contemplando através da Sagrada Escritura a paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.”

“É claro, nada substitui a participação ativa nas celebrações santas destes dias. Na verdade, a participação virtual não substitui nunca a presença física”, explicou.

Essa participação virtual “funciona só como paliativo litúrgico, mas não tem validade”, ressaltou. “Como se costuma dizer, porém, é melhor do que nada.”

“No entanto, onde é possível participar, os fiéis cristãos não se devem privar de receber todas as graças que nos dá participar dessas grandes celebrações”, concluiu.

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