Os Legionários de Cristo apresentaram em 22 de março um novo informe anual sobre a sua luta contra os abusos sexuais cometidos por membros da congregação, sob o título "Verdade, justiça e reconciliação".

Este novo relatório, disseram os Legionários de Cristo em um comunicado, “reúne os passos dados na atenção às vítimas de abuso sexual por parte de alguns de seus padres e o desenvolvimento de ambientes seguros nas obras e instituições onde realizam seu trabalho pastoral”.

Ao contrário do informe anterior, divulgado em dezembro de 2019, este novo documento inclui os nomes completos de alguns dos sacerdotes que cometeram abusos sexuais.

Em outros casos de abusos, os Legionários de Cristo indicam apenas o nome ou país de origem do sacerdote, acompanhado de um número.

Os casos de abusos neste novo relatório também foram separados por regiões territoriais dos Legionários de Cristo: Brasil, Chile, Colômbia-Venezuela, Espanha, Estados Unidos, Europa Central, Irlanda, Itália e México.

A congregação fundada pelo falecido Marcial Maciel, que abusou de pelo menos 60 menores, comprometeu-se "a continuar publicando, anualmente, um informe sobre os passos dados, atualizando os dados e prestando conta dos compromissos assumidos".

Das 170 vítimas conhecidas de 27 membros dos Legionários de Cristo, a congregação assegurou que até hoje cerca de 50 foram atendidas, “em um caminho de reparação e reconciliação”.

Este caminho, asseguraram os Legionários, está aberto a “todas as vítimas que o desejem”.

Os Legionários de Cristo indicaram que para o trabalho de atenção às vítimas “estabeleceram uma parceria internacional estável com uma instituição profissional e independente” chamada “Eshmá”.

De acordo com o site Eshmá, entre seus membros “há pessoas que vivenciaram em primeira pessoa os processos de vitimização” de abusos sexuais infantis.

Em relação aos casos ocorridos no Brasil, a Direção Territorial dos Legionários de Cristo divulgou um comunicado com o objetivo de “reestabelecer a justiça e ser um sinal claro para as vítimas do nosso desejo de seguir dando passos no caminho de reconciliação com cada uma delas”.

Através deste documento esta instituição reafirma o seu compromisso “com o cuidado e a proteção de cada um dos menores, adolescentes e pessoas vulneráveis que participam das atividades apostólicas, educativas ou pastorais que desenvolvemos” e convida a que qualquer pessoa que tenha informações relacionadas com “abuso ou constrangimento por parte de algum membro de nossa Congregação, informe as autoridades civis e, também, entre em contato conosco, através dos nossos canais de denúncia”.

Para acessar o relatório completo, você pode entrar AQUI.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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