O Bispo da Málaga, Dom. Antonio Dorado, pediu nesta segunda-feira a intervenção da Organização das Nações Unidas ou da União Européia para encontrar uma "solução apropriada" com a dignidade humana à crise provocada pelas avalanches de imigrantes ilegais registradas nas últimas semanas nas cercas fronteiriças que separam as cidades autônomas da Ceuta e Melilla em Marrocos.

Em um comunicado, o Prelado expressou ver-se impulsionado "a chamar a atenção sobre a grave situação dos imigrantes que tentam entrar na Espanha pelas fronteiras do Reino de Marrocos".

Para o Bispo andaluz, "urge que uma comissão das Nações Unidas ou da União Européia se encarregue destas pessoas e procure uma solução apropriada para sua dignidade humana".

"Embora não se tenha estatísticas, podem ser dois mil o número de imigrantes que vivem mal nesta situação. Se a única saída consistir em devolvê-los a seus países de origem, que se faça respeitando sua vida e os direitos inerentes a todo ser humano", acrescentou o Bispo.

Para o Prelado, embora os imigrantes tenham tentado entrar em território espanhol "sem cumprir os requisitos que marcam as leis em vigor, o tratamento que recebem não parece compatível com os princípios de Estados que assinaram sua adesão aos direitos humanos.

Depois de felicitar os cristãos e pessoas de boa vontade de Melilla, às diversas organizações humanitárias, jornalistas e forças de ordem pública por tudo o que estão realizando a favor dos afetados, Dom. Dorado pediu que todos apóiem "medidas humanitárias urgentes, de acordo com a dignidade humana".

"Como Bispo da Diocese da Málaga, que pertence Melilla, compartilho a preocupação por todas as pessoas que levantaram sua voz em favor destes irmãos e convido a orar para que encontremos a resposta mais justa", concluiu o Prelado.