Na manhã desta sexta-feira, 18, foi apresentado o programa do Ano da Família, convocado pelo Papa Francisco com o intuito de para apresentar melhor a riqueza da Exortação Apostólica Amoris Laetitia. Na ocasião, o Prefeito do Dicastério para os Leigos, Família e Vida, Cardeal Kevin Farrell, afirmou que a pastoral da Igreja também acompanha aquelas famílias que estejam em situação irregular mas sem renunciar à sua doutrina sobre o sacramento do matrimônio.

Assim referiu, o Cardeal Kevin J. Farrell, Prefeito do Dicastério para os Leigos, Família e Vida na apresentação à imprensa o Ano da Família proposto pelo Papa Francisco.

O purpurado afirmou que no presente contexto, "as famílias precisam de cuidado pastoral, dedicação” e recorda que a família católica está sob ataque.

Por esta razão, os temas do Ano da Família serão: "o acompanhamento de casais e famílias em crise, para apoiar aqueles que são deixados sozinhos, para famílias pobres e desintegradas. Muitas famílias devem ser ajudadas a descobrir nos sofrimentos da vida o lugar da presença de Cristo e de seu amor misericordioso".

Para o prelado, é preciso pensar nas famílias não como simples "objeto" da pastoral para mas como "sujeito" da pastoral" e enfatiza que "não raramente, eles se distinguem pelo fato de representarem uma fé vivida, são uma "catequese viva".

Há muitas famílias, de fato, que vivem sua fé e sua vocação para o casamento e a família de forma exemplar”, sublinhou.

 Em relação à situação das famílias compostas por cônjuges em união civil (que não se encontram casados pela Igreja), o Cardeal Farrel também enfatizou “que a Igreja acompanha a todos”.

“A vida pastoral da Igreja, disse ele, é aberta a todos, abrimos os braços para todos em diferentes situações da vida. Mas devemos entender que a Igreja quando fala sobre casamento fala do sacramento e não das uniões civis. E a Amoris Laetitia fala sobre isso, sobre o casamento como um sacramento”, pontuou.

“Isso não significa que somente as pessoas casadas na Igreja recebam os benefícios da pastoral, mas há muitas situações diferentes. Vamos todos acompanhá-los segundo aquilo que a doutrina da Igreja indica. Mas é necessário distinguir entre o casamento sacramental e não-sacramento. No entanto, ninguém é deixado sozinho”, concluiu.

Por sua parte, Gabriella Gambino Subsecretária do Dicastério para o Leigo, Família e Vida falou da renovação da estratégia pastoral "que pode revigorar a beleza do sacramento do casamento e das famílias cristãs para “tornar essa beleza perceptível aos olhos de crianças e jovens, para que possam se sentir atraídos pelo dom do casamento".

Este é o verdadeiro desafio: "Uma pastoral do vínculo, o Papa Francisco pede isto na Amoris Laetitia. É um enorme desafio em um momento em que a fragilidade é tão difundida. Não podemos mais tomar nada como garantido. Há um grande desejo de família, mas muito medo diante da escolha do casamento. A Igreja deve estar preparada, delicadamente entrar nos assuntos mais pesados das famílias, sabendo como acompanhá-las. Partindo dos fundamentos da fé para levar crianças e jovens a descobrir a beleza de uma vocação: o casamento".

Em suma, o documento deve ser lido na íntegra e não apenas com o critério de "isto pode ser feito ou não pode ser feito". Em vez disso, as preciosas indicações sobre os componentes emocionais, afetivos e sexuais do amor devem ser relidas", concluiu a subsecretária.

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