Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse nesta terça-feira, 9 de março, para o seu segundo mandato como Presidente da República de Portugal e anunciou que sua primeira visita de Estado será ao Papa Francisco.

O encontro com o Pontífice já tem data marcada, será na próxima sexta-feira, 12 de março, e assim Rebelo de Sousa será o primeiro mandatário a se encontrar com o Santo Padre após sua histórica visita ao Iraque, realizada entre 5 e 8 de março.

Em nota, a Presidência da República afirmou que, “tal como em 2016, o presidente da República desloca-se esta sexta feira, 12 de março, à Santa Sé, que teve um papel essencial no reconhecimento da independência de Portugal, onde será recebido por Sua Santidade o Papa Francisco, dias depois da histórica visita ao Iraque”.

Assim, recorda que a Santa Sé foi a primeira a reconhecer Portugal como um Estado independente.

Na manhã de hoje, antes de chegar ao Parlamento para sua posse, Marcelo Rebelo de Sousa ressaltou que quando Portugal se separou “do que hoje é a Espanha, foi decisivo o papel da Santa Sé. É isso que é histórico”.

A fundação de Portugal foi reconhecida pela Bula ‘Manifestis Probatum est’, do Papa Alexandre III, em 1179. O documento confirmava a independência e o título de rei a Afonso Henriques.

De acordo com a Presidência, além do Vaticano, “o chefe de Estado cumpre também a tradição e visita, no mesmo dia, a nossa vizinha e amiga Espanha, onde se encontrará com Sua Majestade o Rei Felipe VI”.

Oração inter-religiosa

Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito presidente de Portugal em 24 de janeiro. A sua cerimônia de posse para o segundo mandato ocorreu nesta terça-feira, em um longo programa que ocorreu em Lisboa e no Porto.

Além das atividades protocolares na capital portuguesa, o presidente também participou de um momento de oração inter-religiosa na Câmara Municipal, no Porto, assim como fez há cinco anos, na Mesquita de Lisboa.

Diante de representantes de diferentes confissões religiosas, Rebelo de Sousa fez um apelo “para que, em salutar diálogo e convergência de propósitos, tudo façamos para defender a liberdade, a tolerância, a compreensão mútua, num tempo em que é tão sedutor dividir e catalogar”.

O presidente pediu que “crentes e não crentes tenham presente o significado da Constituição da República Portuguesa, respeitem a liberdade alheia, não a queiram limitar, não a queiram condicionar, não a queiram esvaziar em homenagem às suas posições pessoais”.

Além disso, agradeceu às confissões religiosas pelo trabalho que desempenham em Portugal em áreas como educação, saúde, solidariedade, bem como “na resistência às crises e no combate à pandemia”.

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