Após 3 dias de intensa programação no Iraque, na segunda-feira, 8 de março, o Papa Francisco concluiu sua viagem apostólica para este país do Oriente Médio e às 09:40h, hora local do Iraque, o avião que o leva, junto com sua comitiva e os jornalistas credenciados à Santa Sé já decolou do Aeroporto Internacional de Bagdá com destino a Roma.

Antes de partir, o Pontífice celebrou missa em particular na Nunciatura Apostólica. Depois de despedir-se das pessoas que o ajudaram durante estes dias, ele partiu para o aeroporto, onde teve uma breve reunião privada com o presidente do Iraque. Em seguida, uma breve cerimônia de despedida teve lugar no aeroporto antes do embarque.

O voo, código AZ4001 da Alitalia, dura aproximadamente 5 horas e 15 minutos, portanto, depois de viajar 2.947 quilômetros, o avião que transporta o Santo Padre, um A330, deverá pousar no Aeroporto de Roma Fiumicino às 12:55h, horário da Itália.

O Papa Francisco chegou ao Iraque na última sexta-feira, 5 de março, como peregrino de paz no meio de uma Igreja martirizada e de um povo que sofreu décadas de guerra e violência.

Entre os eventos mais importantes que ele protagonizou nestes dias estão o encontro com as autoridades e a sociedade civil em 5 de março no Palácio Presidencial em Bagdá, onde ele buscou a proteção e o reconhecimento dos direitos de todas as comunidades religiosas, e lembrou a presença milenar dos cristãos no Iraque.

Também no primeiro dia de sua viagem, o Papa se reuniu na Catedral Católica Síria de Nossa Senhora da Salvação com bispos, padres, religiosos, seminaristas e catequistas.

Antes deles, ele se lembrou das 48 mortes e 70 feridos no ataque terrorista a esta catedral em 31 de outubro de 2010. "Que a memória do sacrifício dos mártires nos inspire a renovar nossa confiança na força da Cruz", disse o Papa na ocasião.

Outro evento histórico foi a visita de Francisco no sábado, 6 de março, ao grande Aiatolá Al-Sistani, um líder muçulmano xiita cuja influência política e religiosa no Iraque após a guerra é de grande importância.

No mesmo sábado, 6 de março, o Pontífice participou de uma reunião inter-religiosa na planície de Ur, terra de Abraão, onde ele pediu que os cristãos possam construir fraternidade e dar testemunho de Deus, diante de um mundo que frequentemente propõe uma imagem distorcida d´Ele.

Nesta reunião, o Papa ressaltou que "os crentes são chamados a testemunhar a bondade de Deus, para mostrar através da fraternidade a Sua paternidade".

Um dos eventos mais significativos da presença do Bispo de Roma no Iraque foi a celebração da missa no rito caldeu, também no sábado, 6 de março, na Catedral de São José em Bagdá.

No entanto, o momento mais emblemático da viagem foi a oração no domingo, 7 de março, pelas vítimas da guerra na Praça das Quatro igrejas, na cidade de Mossul. Mossul, a principal cidade da Planície de Nínive e de grande importância para os cristãos iraquianos, foi destruída durante a ocupação do Estado Islâmico entre 2014 e 2017. Neste exato lugar, o Daesh ameaçava invadir Roma e decapitar o Papa.

O Pontífice orou pelas vítimas da guerra e da violência cercadas pelas ruínas das quatro igrejas, destruídas pelos jihadistas, que dão nome à praça.

Após a oração, o Papa trasladou-se para outra cidade emblemática para os cristãos do Iraque e também martirizada pelo Estado Islâmico: Qaraqosh.

Lá, na catedral da Imaculada Conceição, destruída e convertida em um campo de tiro ao alvo pelos terroristas, o Santo Padre se reuniu com a comunidade cristã e pediu perdão para que o terrorismo nunca tenha a última palavra.

Os principais eventos presididos pelo Papa Francisco culminaram na celebração de uma missa no Estádio de Erbil, capital do Curdistão iraquiano, a região que acolheu os cristãos que fugiram do Estado Islâmico.

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