Os Bispos do estado do Rio de Janeiro publicaram uma nota de solidariedade ao Bispo de Petrópolis, Dom Gregório Paixão, devido à determinação judicial de fechamento das igrejas na cidade e pediram que esta decisão seja revogada.

No último dia 17 de dezembro, a Justiça Federal determinou o fechamento de templos religiosos e bares em Petrópolis, atendendo a pedidos apresentados pelos Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual (MPE), por conta do alto índice de contaminação por coronavírus na cidade, bem como pela escassez de leitos de UTI.

No dia 18 de dezembro, a Prefeitura de Petrópolis publicou no Diário Oficial a decisão da 2ª Vara Federal sobre o fechamento imediato de bares/congêneres e templos religiosos. Além disso, indicou que deveriam ser comunicados sobre a decisão os ficais da Secretaria de Ordem Pública e o comando do 26º Batalhão da Polícia Militar, para que a mesma seja cumprida.

Diante de tudo isso, o Bispo de Petrópolis, Dom Gregório Paixão, manifestou sua “profunda indignação” e “protesto”. Afirmou ainda, por meio de um vídeo, que esta decisão judicial “causou uma profunda chaga, por ter sido proferida exatamente na semana sagrada do Natal”.

Por sua vez, os Prelados do Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) expressaram sua perplexidade com esta decisão da Justiça.

“Como desde o início da pandemia assumimos com responsabilidade o cuidado das pessoas que frequentam nossos ambientes, causou-nos perplexidade a decisão da 2ª Vara Federal que, acolhendo um pedido dos Ministérios Públicos Federal e Estadual ordenou o fechamento de templos religiosos em Petrópolis. Assim, unimo-nos à manifestação de Dom Gregório Paixão e nos solidarizamos a ele e a todos os seus diocesanos, pedindo que seja revogada essa decisão”, afirmam por meio de nota.

Os Bispos ressaltam ainda que “a assistência religiosa um serviço essencial, garantido por lei” e que as Arquidioceses e Dioceses têm seguido “as normas das autoridades sanitárias, a fim de garantir ambientes seguros aos fiéis”, bem como realizado “um trabalho contínuo de conscientização acerca das orientações sanitárias”.

Além disso, recordam que as instituições da Igreja Católica “estão sendo protagonistas de inúmeras iniciativas sociais de solidariedade para com os mais pobres em suas muitas necessidades”.

“Destes e de outros modos temos assumido a nossa responsabilidade social, oferecendo a colaboração que nos corresponde para juntos superarmos esta crise”, completam.

Confira também: