Em declarações à organização Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o Pe. Peter Madros, diretor do Centro Bíblico Pastoral de Jerusalém, criticou os governos que ignoram a situação dos cristãos na Terra Santa frente ao ressurgimento da violência.

O sacerdote denunciou que a comunidade cristã da Palestina sofre o confisco de suas terras, o acesso restringido às autorizações para viajar, a impossibilidade de influir no Governo e alguns atos de violência.

O presbítero indicou que "o povo e o Governo judeu israelense nos rechaçam por sermos árabes, e o povo muçulmano da Palestina, por sermos cristãos". "O Ocidente sempre fala dos direitos humanos para as pessoas do Oriente Médio; sempre concede direitos a grupos minoritários no Ocidente, sem exigir o mesmo dos países dos quais procedem", manifestou o Pe. Madros e acrescentou que estes governos concentram sua ajuda na maioria muçulmana, e não apóiam às minorias como a cristã.

"A UE tem muitas vontades de ajudar os palestinos, mas a maior parte de seu apoio destina-se aos muçulmanos, com pouca consideração para os cristãos. Isto é injusto, porque os muçulmanos já recebem muita ajuda dos países árabes do Oriente Próximo", finalizou.