No dia 13 de dezembro, os católicos se uniram em oração na Catedral de Berlim (Alemanha) para pedir pela paz e recordar aos cristãos da Bielorrússia que não estão sozinhos.

No domingo à noite, durante a sua homilia, o Arcebispo de Berlim, Dom Heiner Koch, apoiou os fiéis do país europeu e recordou que "Bielorrússia, não estão sozinhos, nós te apoiamos!".

Dom Koch enfatizou que a Alemanha está aprendendo com a Bielorrússia "o quanto a democracia e a liberdade de expressão são valiosas e o pouco que podemos dá-las por garantidas”.

“Estamos aprendendo que a Igreja deve ser corajosa e estar pronta para assumir uma posição onde a dignidade e os direitos humanos são pisoteados”, acrescentou.

O Arcipreste ortodoxo e presidente do Grupo de Trabalho das Igrejas Cristãs (ACK), Radu Constantin Miron, assinalou que “com esta oração pela paz expressamos nosso grande desejo pelo fim da violência”.

“O coração está apenado pela Bielorrússia. Comunidade significa sofrer, rezar e esperar”, ressaltou. “Compartilhamos com o povo da Bielorrússia a esperança do Advento deste ano como uma expectativa muito concreta da chegada da paz ao seu país”, acrescentou.

Como representante do movimento de oposição da Bielorrússia, Svetlana Tichanovskaya cumprimentou os participantes após a oração.

Situação tensa na Bielorrússia

A situação atual no país é de tensão após as eleições de 9 de agosto em que foi reeleito o presidente Aleksandr Lukashenko, com 26 anos de mandato, e que recentemente defendeu a nacionalização da Igreja no país.

Os grupos de oposição denunciaram a manipulação das eleições e, desde então, repetem-se as manifestações contra o presidente.

Nesse contexto, o governo Lukashenko iniciou a repressão para restringir ainda mais as liberdades dos cidadãos e combater os grupos de protesto. Nessa estratégia, também iniciou uma campanha contra as autoridades religiosas e, em particular, a Igreja Católica no país.

A principal vítima do ataque de Lukashenko à Igreja foi o Arcebispo de Minsk e presidente dos bispos da Bielorrússia, Dom Tadeusz Kondrusiewicz, que ainda se encontra no exílio sem possibilidade de regressar ao país, depois de ter sido impedido de entrar em 31 de agosto, quando tentava cruzar a fronteira após uma curta viagem à Polônia.

Publicado originalmente em CNA Deutsch.

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