O coro da Catedral de Notre Dame voltará na véspera de Natal para realizar um concerto que será transmitido ao vivo de Paris (França), apesar do prédio ainda estar danificado pelo voraz incêndio de 2019.

Um ano e meio após o incidente, os esforços de reconstrução da catedral gótica de 850 anos continuam, especialmente nas áreas da torre e do telhado.

Quase 200 toneladas de andaimes de aço derretidos pelo calor do fogo foram retiradas com êxito em 24 de novembro, o que foi considerado um passo crucial para garantir a restauração segura.

A remoção dos andaimes derretidos no telhado da catedral estava programada para começar em março, mas foi adiada várias vezes devido às medidas contra o coronavírus da França.

Este concerto de véspera de Natal será a primeira vez que o coro retornará à catedral desde o incêndio. Antes de abril de 2019, o coro realizava cerca de 60 concertos por ano.

Vinte cantores, dois solistas e um organista se apresentarão em uma catedral vazia no dia 24 de dezembro.

O Grande Órgão da catedral de 8 mil tubos está sendo restaurado, então um pequeno órgão será levado a Notre Dame.

O concerto é apenas o terceiro evento a acontecer no templo desde abril de 2019. Em junho daquele ano, o Arcebispo de Paris, Dom Michel Aupetit, celebrou a Missa no interior da catedral, que contou com a presença de cerca de 30 pessoas com capacetes.

Na Sexta-feira Santa de 2020, o mesmo arcebispo exibiu a relíquia da coroa de espinhos de Cristo para veneração pública, por meio de uma transmissão ao vivo.

A Arquidiocese de Paris criou uma equipe multidisciplinar, liderada pelo Pe. Gilles Drouin, para supervisionar o desenvolvimento das atividades da catedral, de forma a levar os futuros visitantes a uma compreensão mais profunda do seu significado.

“O projeto que estamos construindo para Notre Dame deve continuar esta história e tornar inteligível para o nosso século a fé que levou à construção desta obra-prima”, disse o Dom Aupetit.

“Aberta a todos, segundo a correta compreensão da palavra católica, a catedral foi e continuará sendo uma constante na sua razão de ser durante oito séculos: a celebração do mistério cristão”, acrescentou.

Publicado originalmente em CNA.

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