Dom Julio César Vidal, Bispo de Montería, afirmou durante a primeira jornada da  Assembléia da Conferência  Episcopal Colombiana, que o processo de incorporação dos paramilitares das “Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) não deve abrir a porta a “limpeza” dos narcotraficantes.

“Se há narcotraficantes puros, quer dizer que só estão buscando o processo para limpar-se, não cabe dúvida de que a lista deveria ser  depurada, disse o Prelado, ao falar em nome do episcopado, cujos representantes vêm agindo como intermediários entre o governo do Presidente Álvaro Uribe e as  AUC.

As AUC iniciaram na semana passada negociações formais para desmobilizar mais de 13.000 combatentes.

O jornal  “El Tiempo” de Bogotá  revelou no domingo que dois supostos comandantes paramilitares,  “Pablo Mejía” e “Gabriel Galindo”, seriam na realidade os narcotraficantes Víctor Manuel Mejía Múnera e Francisco Javier Zuluaga Lindo, respectivamente. Ambos personagens são requeridos em extradição pelas autoridades norte-americanas.

Os vínculos das AUC com o narcotráfico são um dos principais obstáculos indicados pelas autoridades eclesiais.  A esse respeito, Dom Vidal expressou seu desejo de que “as pessoas que estão chamadas a verificar esses acontecimentos, vão descobrindo realmente quem é quem e vão apresentando  ao país e aos organismos nacionais e internacionais quem realmente deve estar nessa mesa de diálogo entre as autodefesas e o governo”.