O Bispo do Obeid, Sudão, Dom. Macram Gassis denunciou recentemente à agência Ajuda à Igreja que sofre (AIS) que a perseguição contra os cristãos em seu país é cada vez mais sistemática.

Conforme explicou o Prelado, os cristãos no Sudão são perseguidos e forçados a se tornarem islâmicos. Desde 1989, segundo as estatísticas, 200 mil mulheres e crianças cristãs, principalmente do sul do país, foram obrigados pelas autoridades locais a abandonar suas terras e serem escravizados na islâmica região do norte.

Dom. Gassis é o primeiro bispo católico da região predominantemente islâmica do norte do Sudão. Sua diocese apresenta um forte crescimento, devido entre outras coisas, a que permaneceu com seu povo durante os anos da guerra, enquanto muitos fugiram.

O bispo explicou que a vocação de um pastor é multifacética. Como "pai de todos" deve ser responsável por construir hospitais, escolas, Igrejas, da formação de sacerdotes, professores, enfermeiros. Sua catedral não fica em um edifício apropriado mas sim sob a copa de uma grande árvore.

Para o Dom. Gassis, a falta de compromisso é uma doença de nosso tempo. "renunciamos a nossos valores morais e a nosso reino espiritual para assumir outros tipos de compromisso. Jesus mesmo, entretanto, ensinou-nos que não podemos servir a dois senhores", explicou.

"Muitos de nossos irmãos cristãos morreram por sua fé", denunciou Dom. Gassis, relatando casos de compra de pessoas com mantimentos a fim de convertê-los ao islamismo, escravizações, e inclusive de crucificações.