O Prefeito do Algeciras (Cádiz), Tomás Herrera (PSOE), anunciou seu apoio à proposta de candidatura do franciscano Isidoro Macías Martín, conhecido por seu trabalho pro-vido como o "Padre Pateras", para o prêmio Príncipe de Astúrias da Concórdia.

Através de um comunicado emitido pela Prefeitura municipal, o prefeito destacou o serviço que o religioso desenvolve na cidade do Campo de Gibraltar, "conseguindo uma integração com os problemas sociais que afetam aos setores mais desfavorecidos".

O religioso dos Irmãos Franciscanos de Cruz Branca é conhecido como "Padre Pateras" por acolher em Algeciras desde ano 2000 as mulheres subsaarianas grávidas ou com filhos pequenos que atracam na costa de Tarifa (Cádiz) depois atravessar em pequenas e artesanais embarcações conhecidas como "pateras" o Estreito de Gibraltar.

O franciscano nasceu em Huelva em 1945. Depois de conhecer de perto as necessidades dos pobres, professou nos Operários de Cruz Branca em 1973, associação que em 1975 foi aprovada como instituto religioso de direito diocesano pelo então Bispo de Tanger, Dom. Carlos Amigo, hoje Cardeal Arcebispo de Sevilha, que os chamou "Franciscanos de Cruz Branca".

Depois de trabalhar por doze anos no Tanger, acolhendo espanhóis que não podiam ir à Espanha por motivos políticos e atendendo também a cidadãos marroquinos, esteve sete anos em um colégio de Educação Especial na cidade de Cáceres. Desde 1982 reside em Algeciras, onde começou recolhendo idosos que viviam nas ruas e cidadãos africanos que pernoitavam no porto.

O trabalho do Padre Pateras começou a ficar conhecido em 2000, quando acolheu os emigrantes africanos que chegavam de pateras na costa de Tarifa, especialmente as mulheres subsaarianas grávidas ou com bebês recém-nascidos.

No ano de 2003 o religioso foi o único espanhol na lista dos 22 "heróis europeus" da solidariedade e o trabalho desinteressado em favor da sociedade, segundo a edição européia da revista americana Times.