Vaticano, 12 de jun de 2020 às 10:13
As portas do dispensário pediátrico Santa Marta, um pequeno oásis de generosidade e de ternura dentro da Cidade do Vaticano, estão sendo reabertas progressivamente desde 3 de junho.
As crianças, procedentes de todo o mundo, juntamente com seus familiares, recebem gratuitamente cuidado e assistência médica de agentes de saúde e voluntários desde 1922.
Em declarações à ACI Stampa, agência em italiano do Grupo ACI, Ir. Antonietta Collachi, Filha da Caridade e responsável pelo dispensário Santa Marta, explicou que, desde 3 de junho, reabriram suas portas com os serviços mais essenciais (pediatria e ginecologia) , mas apenas para controle do crescimento e, se a criança estiver doente, com sintomas de febre, não poderá comparecer à estrutura por causa das medidas sanitárias ainda em andamento pela COVID-19.
A irmã Antonietta lamentou que "este ano não será possível realizar a bela e tradicional festa de fim de ano", mas acrescentou que a retomarão “o mais breve possível".
O modo atual de trabalho não lhes permite encontrar pessoalmente as crianças e as suas mães, mas a religiosa diretora do dispensário indicou que encontrarão “novos caminhos e novas formas de demonstrar, sobretudo agora, nossa proximidade e nosso apoio às famílias”.
“Compreendemos, ainda mais neste momento, o quanto é fundamental a ajuda concreta e material. Reabrimos à vida, à esperança que nunca morre, inclusive diante de algo maior que nós... com um sorriso, também por trás da máscara, mas que sabemos que de todas as formas levará e transmitirá o seu calor”.
O dispensário Santa Marta também recomeçará com outros serviços de assistência mais especializados, como ortopedia, dermatologia, psicologia, mas sem descuidar as medidas de precaução previstas pelas autoridades de saúde.
Neste sentido, na entrada do dispensário, os voluntários podem ler uma carta que recomenda àqueles que possuam alguma situação particular e “necessitem maior atenção”, que esperem para retomar seus trabalhos.
“Somos conscientes das situações críticas que (nossos voluntários) estão enfrentando ao interior de seus âmbitos profissionais, pessoais e familiares. Nossa tarefa como dispensário é aliviar a dor, a tristeza, a falta de materiais para as crianças que ajudamos, como nos ensina o Evangelho: ‘A quem foi dado, muito lhe será pedido’”.
Publicado originalmente em ACI Stampa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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