O Bispo de Almeria, Dom Adolfo González Montes, lamentou a aprovação do anteprojeto da Lei Orgânica de Educação (LOE) e "a falta de diálogo com tão importante maioria do país, que desmente de plano o discurso do Governo sobre a urgência e necessidade do diálogo como meio de entendimento".

Ao término da 13º semana de teologia na Espanha, o Bispo de Almeria se remeteu ao manifestado pelo Comitê Executivo da Conferência Episcopal, "inteiramente em desacordo com a sustração do teor da Lei sobre a aula de Religião à Comissão Mista, que só se pôde reunir em 23 de junho e esperava voltar para a mesa de diálogo, previamente acordado por ambas as partes, precisamente o dia em que foi dada a conhecer a decisão unilateral do Governo de não se ater ao lembrado internacionalmente".

O Prelado indicou que "compreenderá-se o desacordo e o protesto da Igreja pela decisão unilateral" do Governo em 22 de julho, que não teve em conta as observações “da Igreja sobre a aula de Religião e moral católica, realizadas a teor da demanda pública da educação religiosa escolar pela maioria dos pais para seus filhos e respaldadas pelo Acordo Internacional de 3 de janeiro de 1979 entre a Santa Sé e o Estado espanhol".

Do mesmo modo, referiu-se ao comunicado emitido pelos bispos espanhóis no que mencionaram que a LOE “recorta o direito fundamental dos pais a decidir sobre a educação de seus filhos de acordo com suas convicções religiosas, morais e pedagógicas; limita gravemente a liberdade da escola católica e das demais instituições educativas de iniciativa social no exercício de seus direitos à educação; coloca seriamente em perigo o ensino da Religião na escola e arbitra um novo estatuto dos professores de Religião que contradiz a reiterada jurisprudência do Tribunal Supremo".

Dom Gonzáles exortou a "estar dispostos a fazer valer, em conscienciatiza clara do momento social que estamos vivendo, os direitos cidadãos dos fiéis, entre os quais estão os direitos dos pais a escolher a educação de seus filhos".