Alguns dos artigos roubados da Catedral de Santa Maria da Fuga para o Egito, a mais antiga da África do Sul, foram identificados e recuperados, assim confirmou o administrador do templo.

A igreja de 169 anos, também conhecida como a Catedral de Santa Maria, foi profanada em 18 de abril. Os autores levaram objetos sagrados, incluindo uma âmbula, um cibório, quatro candelabros de prata, um cálice banhado a ouro e duas patenas banhadas a ouro, além do dinheiro da caixa de ofertas.

Os itens recuperados foram identificados satisfatoriamente em 13 de maio na sala das provas da Delegacia Central de Polícia, na Cidade do Cabo. O administrador da catedral, Pe. Rohan Smuts, emitiu um comunicado no dia seguinte para anunciar a boa notícia.

“Nós (Pe. Rohan e Pe. Luigi) fomos presenteados com dois candelabros de prata, que estavam ao lado do sacrário, e quatro caixas de papelão de vários metais. Após a inspeção, descobrimos dois outros candelabros de prata em pedaços, assim como quatro candelabros banhados a ouro, também em pedaços”, contou na página do Facebook da catedral.

Também foi recuperado um cibório que estava no sacrário, um jogo de cálice e patena, um prato de patena e a grande luminária do santuário.

Segundo o clérigo sul-africano, todos os itens recuperados "incluindo o sacrário que foi quebrado em várias peças, devem ser reparados e restaurados por vários artesãos".

"Os microfones, assim como o cibório e a custódia que estavam no sacrário não foram recuperados", acrescentou.

Na declaração, Pe. Rohan explica que a recuperação dos itens roubados ocorreu após uma ligação recebida de um ministro protestante que foi abordado por uma pessoa que pretendia vender os itens para ele. Este ministro estava entregando pacotes de comida em Khayelitsha, um município parcialmente informal no Cabo Ocidental.

"Quando ele (o ministro protestante) olhou, reconheceu que eram objetos roubados da catedral alguns dias antes e disse ao jovem. O jovem abandonou os itens roubados e fugiu, deixando o ministro com os objetos”, narrou o administrador da catedral.

"O ministro insistiu que eu fosse a Mew Way, Khayelitsha, e recolhesse esses itens, já que não queria tê-los em sua casa. Eu indiquei que, como se tratava de um caso policial ativo, o oficial encarregado da investigação entraria em contato com ele para organizar o recolhimento dos artigos roubados e tomar seu depoimento”, acrescentou.

O ministro protestante finalmente levou os itens para a delegacia em 23 de abril.

Reconhecendo a preocupação dos fiéis, Pe. Rohan disse: "Gostaríamos de expressar nossa gratidão e agradecimento às inúmeras pessoas que entraram em contato conosco através de e-mails, telefonemas e mensagens oferecendo suas orações e apoio financeiro".

"Quando as notícias sobre a recuperação dos itens roubados começaram a circular, alguém disse apropriadamente: ‘Isso é o que acontece quando tem uma comunidade de oração'", lembrou.

Considerada a igreja mãe de todos os católicos da África do Sul, a Catedral de Santa Maria foi consagrada em 28 de abril de 1851. Está localizada na Cidade do Cabo, em frente ao Parlamento da África do Sul.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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