O Vaticano arquivou o processo de investigação judicial dos supostos restos mortais de Emanuela Orlandi, uma jovem desaparecida em 1983, que foram buscados no verão passado em dois túmulos do cemitério Teutônico, localizado dentro da Cidade do Estado do Vaticano.

Emanuela Orlandi foi uma jovem adolescente, filha de um funcionário do Vaticano, que desapareceu em 1983 e, desde então, a família está investigando o caso.

Segundo informou a sala de imprensa da Santa Sé, em 30 de abril, "o procedimento relativo à suposta sepultura no Vaticano, junto ao cemitério Teutônico, dos restos de Emanuela Orlandi, foi arquivado pelo Juiz Único do Estado da Cidade do Vaticano, que acolheu integralmente o pedido da Promotoria de Justiça”.

O processo foi aberto pelo promotor de justiça, Gian Piero Milano, e pelo vice-promotor, Alessandro Diddi, após a denúncia dos familiares da jovem desaparecida em 1983.

Os dois túmulos indicados no cemitério teutônico, território localizado dentro da Cidade do Vaticano, estavam vazios. Foram investigados a pedido das autoridades italianas.

Naquela ocasião, a decisão do promotor de Justiça foi lacrar imediatamente os dois ossuários e realizar novas verificações "em um espaço subterrâneo dentro do cemitério de milhares de fragmentos de ossos de diferentes períodos", descreve a nota vaticana.

Além disso, o Vaticano explicou que os testes realizados pelo especialista -prof. Giovanni Arcudi- e na presença dos consultores da família Orlandi, concluiu que os fragmentos encontrados são datados a uma época anterior ao desaparecimento da jovem Emanuela, uma vez que “os mais recentes remontam ao menos há 100 anos”.

Nesse sentido, a Sala de imprensa da Santa Sé afirmou que, por isso, foi feito o pedido de arquivamento "que concluiu um dos capítulos da triste história" do desaparecimento dessa jovem italiana.

Por fim, a Santa Sé lembrou que, frente a este caso, "as autoridades vaticanas ofereceram, desde o início, a mais ampla colaboração" e que "com esse espírito, o procedimento de arquivamento deixa à família Orlandi a possibilidade de proceder, de maneira privada, a outras adicionais verificações sobre alguns fragmentos já encontrados e protegidos, em recipientes selados, junto à Gendarmaria”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Confira também: