O Papa Bento XVI animou os trabalhos de reflexão e diálogo do 9º Simpósio Inter-cristão sobre a Eucaristia e o diálogo ecumênico que se celebra em Assis de 4 a 7 de setembro, pois é uma "feliz ocasião de intercâmbio fraterno para refletir" sobre a fé comum, algo necessário para obter a "plena unidade visível entre todos os discípulos de Cristo".

Na sessão de abertura do evento promovido pelo Instituto Franciscano de Espiritualidade da Universidade Pontifícia Antonianum e pela Faculdade de Teologia da Universidade Aristóteles da Tessalônica (Grécia), foi lida a mensagem do Santo Padre ao Cardeal Walter Kasper, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, no que recordou que "em nossa época se adverte com uma urgência particular a busca da plena unidade visível entre todos os discípulos de Cristo".

Os simpósios começaram em 1992 e se celebram a anos alternados na Grécia e Itália. O tema deste ano, "A Eucaristia na tradição oriental e ocidental com referência particular ao diálogo ecumênico", é apresentado pelo Arcebispo católico de Corfú, Dom. Yannis Spiteris, O.F.M.Cap., e analisado por seis especialistas ortodoxos e outros tantos católicos. O simpósio conta também com a participação do subsecretário do Pontifício Conselho em questão, Dom. Eleuterio Fortino.

O tema deste ano, prosseguiu Bento XVI, "é muito significativo para a vida dos cristãos e para a recomposição da plena comunhão. O diálogo e a confrontação na verdade e a caridade certamente farão emergir a fé comum junto àqueles aspectos teológicos e litúrgicos peculiares do Oriente e Ocidente que são complementares e dinâmicos para a edificação do Povo de Deus e que constituem uma riqueza para a Igreja".

"Realizar a comunhão plena dos cristãos –sublinhou o Santo Padre– deve ser um objetivo para todos aqueles que professam a fé na Igreja, tanto para os fiéis como para os pastores e cada um segundo sua própria capacidade, seja na vida cotidiana como nos estudos teológicos e históricos".

Embora a ausência de comunhão plena não permita a concelebração, o Papa observou que este fato irá supor um "chamado para intensificar a oração, o estudo e o diálogo para resolver as divergências ainda existentes".