Na Quaresma de 2015, o Papa Francisco deu aos fiéis presentes na Praça de São Pedro um pequeno livro especial intitulado “Guarde o Coração”, entregue por vários indigentes de Roma, o qual sugere uma série de recursos importantes para o caminho de conversão até a Semana Santa.

Entre os diferentes recursos propostos pelo Santo Padre, há um exame de consciência de 30 perguntas para fazer uma boa confissão, assim como uma breve explicação das razões para receber este sacramento.

Este recurso tem um significado especial ao aproximar-se o tempo de Quaresma, para que os católicos, especialmente os que estão mais afastados da Igreja, se reconciliem com Deus durante a preparação para a Páscoa.

Diante da pergunta, por que confessar-se?, o livrinho responde: “Porque somos pecadores! Ou seja, pensamos e agimos de modo contrário ao Evangelho. Quem diz que não tem pecado, ou é mentiroso ou é cego. No Sacramento, Deus perdoa sempre os filhos que, tendo contradito a sua identidade, confessam as suas misérias e ao mesmo tempo a sua misericórdia”.

Para confessar-se, continua o texto, é necessário começar “escutando a voz de Deus” e prosseguir com o “exame de consciência, o arrependimento, a confissão dos pecados ao sacerdote, o propósito de satisfação, a invocação da misericórdia divina ministrada mediante a absolvição, o louvor pelo perdão recebido, a vida renovada”.

Exame de consciência

A seguir, apresentamos as 30 perguntas propostas pelo Papa Francisco para fazer uma boa confissão:

Em relação a Deus

Dirijo-me a Deus somente em caso de necessidade? Participo na Missa dominical e nos dias de preceito? Começo e termino o meu dia com a oração? Invoquei em vão o nome de Deus, de Maria e dos Santos? Envergonho-me de me apresentar como cristão? O que faço para crescer espiritualmente, como e quando o faço? Revolto-me diante dos desígnios de Deus? Pretendo que seja Ele a cumprir a minha vontade?

Em relação ao próximo

Sei perdoar, partilhar, ajudar o próximo? Julgo sem piedade, tanto em pensamento quando com palavras? Caluniei, roubei, desprezei os mais pequenos e indefesos? Sou invejoso, colérico, parcial? Tomo conta dos pobres e dos doentes? Envergonho-me da carne do meu irmão ou da minha irmã?

Sou honesto e justo com todos ou alimento a "cultura do descartável"? Instiguei os outros a fazer o mal? Observo a moral conjugal e familiar que o Evangelho ensina? Como vivo as responsabilidades educativas para com os meus filhos? Honro e respeito os meus pais? Rejeitei a vida após a concepção? Desperdicei o dom da vida? Ajudei a fazê-lo? Respeito o ambiente?

Em relação a mim mesmo

Sou um pouco mundano e pouco crente? Exagero em comer, beber, fumar e divertir-me? Preocupo-me em excesso com a saúde física, com os meus bens? Como uso o meu tempo? Sou preguiçoso? Procuro ser servido? Amo e cultivo a pureza de coração, de pensamentos e de ações? Nutro vinganças, alimento rancores? Sou manso, humilde, construtor de paz?

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