O Papa Francisco pediu soluções para a Venezuela e expressou preocupação com a "multiplicação de crises políticas num número crescente de países do continente americano".

Assim afirmou o Santo Padre nesta quinta-feira, 9 de janeiro, durante o discurso aos membros do Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé na audiência tradicional por ocasião das felicitações pelo novo ano.

"Suscita preocupação a multiplicação de crises políticas num número crescente de países do continente americano, com tensões e insólitas formas de violência que agravam os conflitos sociais e geram graves consequências socioeconômicas e humanitárias", alertou o Papa.

Nesse sentido, Francisco destacou que “as polarizações cada vez mais fortes não ajudam a resolver os problemas reais e urgentes dos cidadãos, especialmente dos mais pobres e vulneráveis, e menos ainda o consegue a violência, que por nenhuma razão pode ser adotada como instrumento para enfrentar as questões políticas e sociais”.

"Neste contexto, gostaria aqui de lembrar especialmente a Venezuela, para que não esmoreça o empenho na busca de soluções", afirmou o Papa Francisco.

Além disso, o Pontífice explicou que, “em geral, os conflitos da região americana, embora possuindo raízes diferentes, são irmanados pelas profundas desigualdades, as injustiças e uma endêmica corrupção, bem como pelas várias formas de pobreza que ofendem a dignidade das pessoas".

Portanto, o Santo Padre concluiu que é necessário que “os líderes políticos esforcem-se por restabelecer, urgentemente, uma cultura do diálogo em prol do bem comum e por fortalecer as instituições democráticas e promover o respeito pelo estado de direito, a fim de prevenir deslizes antidemocráticos, populistas e extremistas”.

Atualmente, 183 estados mantêm relações diplomáticas com a Santa Sé. A estes, somam-se a União Europeia e a Ordem Militar Soberana de Malta.

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