Líderes de todo o mundo da Igreja Metodista Unida propuseram a criação de um novo ramo em sua denominação para agrupar aqueles que defendem o casamento e a família tradicional e se opõem ao casamento e ao clero homossexual.

Segundo Associated Press (AP), a proposta divulgada em 3 de janeiro é chamada "Um protocolo de reconciliação e graça através da separação", segundo o qual os grupos que se opõem ao casamento e aos ministros homossexuais se separarão de maneira amigável, mantendo seus ativos, pois receberiam 25 milhões de dólares.

A proposta para essa nova denominação foi aprovada em dezembro de 2019 por um painel de 16 membros que trabalhavam no projeto desde outubro, depois que ficou claro que não haveria acordo sobre o assunto.

Em uma reunião geral do ano passado e com uma votação em St. Louis (Estados Unidos) de 438 votos a 384, foi aprovado o chamado Plano Tradicional, que rejeitava algumas medidas do lobby gay. Os líderes deste grupo disseram que continuariam lutando, enquanto a Wesleyan Covenant Association já ia se preparando para uma possível separação.

Karen Oliveto, a primeira bispa metodista abertamente lésbica, disse a esse respeito que a liderança da Igreja Metodista Unida "estava claramente em um ponto no qual não poderíamos discordar" sobre o tema. "Realmente estou muito triste porque não conseguimos construir uma ponte que pudesse ser um testemunho para o mundo de como poderia ser a unidade em meio à diversidade e ao desacordo", acrescentou.

Por sua parte, Keith Boyette, presidente da Wesleyan Covenant Association e uma das 16 pessoas que assinaram a proposta de separação, disse ter "grandes esperanças" de que o plano seja aprovado na próxima conferência geral programada para maio.

Esta é a primeira vez que "líderes respeitados de grupos de todas as circunscrições" se reúnem para formar um plano, assinalou, "e é a primeira vez que os bispos da igreja assinam um acordo como este".

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