Na coletiva de imprensa que concedeu no avião que o levou do Japão a Roma, o Papa Francisco disse que a imoralidade do uso de armas nucleares deve estar no Catecismo da Igreja Católica.

Aos jornalistas que o acompanharam no avião, o Santo Padre lembrou que em sua visita a Hiroshima, cidade devastada por uma das duas bombas atômicas lançadas em 1945, assinalou que o uso de armas nucleares é imoral.

“Ali, recordei que o uso das armas nucleares é imoral. Isso deve ir para o Catecismo da Igreja Católica. E não só o uso, mas a posse, porque no ocidente a posse ou a loucura de qualquer governante... A loucura de alguém pode destruir a humanidade”, disse o Pontífice.

Em seguida, o Papa Francisco se referiu ao uso da energia nuclear e disse que "sempre pode acontecer um incidente e vocês também o experimentaram com o ‘tríplice desastre’ (de Fukushima em 2011), que destruiu muito. O nuclear é o limite. Deixamos as armas, porque são destruição. Mas o uso do nuclear está muito no limite porque ainda não alcançamos uma segurança total”.

“Você poderia me dizer que também com a energia elétrica se pode provocar um desastre por uma insegurança, mas seria um pequeno desastre. O desastre de uma central nuclear será um grande desastre. E a segurança ainda não foi elaborada”, afirmou o Papa.

O Santo Padre disse que, em sua opinião, “não usaria a energia nuclear enquanto não houver uma segurança total sobre seu uso, mas não sou especialista nisso e digo uma ideia: alguns dizem que é um risco para a custódia da criação e que a energia nuclear deve ser suspensa. Está em discussão”.

“Eu me detenho sobre a segurança. Não há segurança para garantir que não haja um desastre. Sim, um a cada dez anos no mundo, mas também, em seguida, sobre a criação, o desastre da potência nuclear sobre a criação, sobre a pessoa. Também houve o acidente na Ucrânia, de muitos anos”, destacou.

O Papa reiterou que "devemos pesquisar sobre a segurança, quer para evitar acidentes, quer para as consequências sobre o ambiente e sobre o ambiente creio que fomos além do limite".

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