O Papa Francisco criará 13 novos cardeais neste sábado, 5 de outubro e, por isso, apresentamos cinco dados que talvez não saiba sobre os “purpurados”.

1. A "bisagra" da Igreja

O título de Cardeal foi reconhecido pela primeira vez durante o pontificado de Silvestre I (314-335). O termo vem da palavra latina cardo, que significa "bisagra", ao ser o ponto sobre o qual a Igreja deve girar, com o Papa como Vigário de Cristo.

2. O que significa a cor púrpura?

Os cardeais são conhecidos como "purpurados", em referência à cor púrpura do barrete que recebem do Santo Padre quando são criados. Essa cor está associada ao sangue e à vontade de morrer por sua fé, como menciona o rito da cerimônia: "É vermelho como sinal da dignidade do ofício de cardeal, e significa que está preparado para atuar com fortaleza, ao ponto de derramar seu sangue pelo crescimento da fé cristã, pela paz e harmonia entre o povo de Deus, pela liberdade e a extensão da Santa Igreja Católica Romana".

3. São um com a Igreja

Quando um cardeal é criado, recebe dois objetos importantes: o barrete e o anel cardinalício. Este anel simboliza o casamento com a Igreja de Roma e com toda a Igreja universal. O Papa Bento XVI mudou o rito de ordenação em 2012, passando a entregar o anel cardinalício no mesmo dia do consistório e não na Missa que é celebrada no dia seguinte.

4. São a ajuda direta do Santo Padre

Os cardeais se reúnem no Colégio Cardinalício, uma instituição que, quando o Pontífice falece ou renuncia ao cargo, elege o novo Sucessor de Pedro em um conclave. Também ajuda o Santo Padre no trabalho de servir à Igreja em todo o mundo.

O cânon 349 afirma: "Os Cardeais da Santa Igreja Romana constituem um Colégio especial cuja responsabilidade é prover à eleição do Romano Pontífice, de acordo com a norma do direito peculiar; assim mesmo, os Cardeais assistem o Romano Pontífice, tanto colegialmente – quando são convocados para tratar juntos questões de mais importância –, como pessoalmente, mediante as diversas funções que desempenham, ajudando sobretudo ao Papa em seu governo cotidiano da Igreja universal".

5. Bispo, presbítero e diácono

Segundo o cânon 350 do Código de Direito Canônico, os cardeais podem ser: bispos se forem designados para uma diocese periférica de Roma, chamadas "suburbicárias"; presbíteros, se tiverem a responsabilidade de alguma das 150 paróquias romanas mais antigas ou de uma das maiores dioceses do mundo; e cardeais diáconos, se forem oficiais da Cúria Romana ou teólogos honrados pelo Papa por causa de suas contribuições à Igreja.

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