Depois que o Ministro da Justiça, Juan Fernando López Aguilar, anunciou a intenção do Governo de financiar o ensino e difusão do Islã na Espanha, foi divulgado que a comunidade mulçumana pediu uma concessão orçamentária anual de 30 milhões de euros e isenções tributarias semelhantes as da Igreja Católica.

Segundo o jornal El Mundo, a Comissão Islâmica já havia realizado uma proposta formal em 2003 para colocar em pratica, em matéria econômica, os acordos de cooperação assinados com o Estado durante o governo de Felipe González em 1992.

Em tal proposta, a Comissão requeria uma quantidade de 30 milhões de euros anuais e, em equiparação ao tratamento dado à Igreja Católica, uma relação de todas as atividades que devem estar isentas de obrigações tributarias. O total solicitado significa a terça parte do que recebe a Igreja Católica pela contribuição de seus paroquianos, uns 90 milhões de euros.

O ministério da Justiça esta em conversações com o da Fazendo para estudar a formula de financiamento publico mais adequado depois que foi descartada a introdução de um item na declaração de renda como a que existe para a Igreja Católica, pois a maioria dos mulçumanos não realiza tal declaração.

Por sua vez, Mariano Blázquez, secretario executivo dos evangélicos na Espanha reinvidicou para sua comunidade religiosa a condição de segunda religião no país, adiante dos mulçumanos e pediu ao Governo uma ajuda semelhante ao que seria outorgada à mulçumana.

“Somos 400 mil fiéis espanhóis, 800 mil comunitários e uns 100 mil sul-americanos. Temos duas mil congregações, enquanto que os mulçumanos só têm 200 mesquitas. Só pedimos igualdade. O Governo tem que fazer algo para atenuar a escassez de meios das igrejas evangélicas”, indicou Blázquez.