Na Igreja da Santa Cruz de Somma Vesuviana, em Nápoles (Itália), realizou-se o funeral multitudinário do policial Mario Cerciello Rega, de 35 anos, assassinado na noite de 25 de julho.

De acordo com investigações preliminares, dois turistas norte-americanos, de 18 e 19 anos, esfaquearam Mario Cerciello Rega, que morreu horas depois no Hospital Espírito Santo.

Depois de se sentirem enganados por uma compra de 100 euros em drogas, os jovens roubaram a mochila do traficante. Para devolvê-la, teriam pedido em troca 100 euros e um grama de cocaína.

O fato foi denunciado à polícia, mas sem mencionar o assunto da droga. Dois oficiais foram ao local acordado para a realização da transação. Ao sentir-se intimidado, um dos jovens atacou Mario Cerciello com cerca de 8 facadas.

Os supostos autores do crime foram presos por assassinato e tentativa de extorsão após confessarem o crime à polícia, depois de terem sido encontrados em um hotel perto da cena do crime.

Nesta segunda-feira, o Bispo Castrense, Dom Santo Marciano, presidiu o funeral de Cerciello e manifestou que professar a fé em Cristo ressuscitado também nos obriga a "denunciar o que é injusto".

"Hoje nos obriga a levantar um grito, com todas as vozes e como um coro único que atesta a natureza extraordinária de Mario como homem e carabineiro, pedindo que se faça justiça e que fatos como estes nunca voltem a acontecer", acrescentou o Arcebispo de Rossano Cariati.

Na Missa, foi lida a mesma passagem do Evangelho escolhida para o matrimônio do policial e que foi celebrado há um mês e meio no mesmo lugar.  Por sua vez, a viúva de Cerciello leu um texto no qual recordou o que significa ser esposa de um policial.

A multidão aplaudiu a passagem do caixão coberto por uma bandeira italiana ao recordar o vice-brigadeiro que viveu a generosidade em sua vida.

Mario Cerciello é recordado por ser membro voluntário da delegação romana da Ordem de Malta, onde distribuiu alimento aos desabrigados, e por sua entrega durante as peregrinações a Assis, Loreto e Lourdes.

O Capelão Militar da Legião Lacio de Carabineiros, Pe. Donato Palminteri, manifestou à Rádio Vaticano que estão vivendo “um momento de dor por esse bom rapaz, esse vice-brigadeiro que se casou há apenas 40 dias. Casou-se em 13 de junho, dia de Santo Antônio, data escolhida em homenagem ao seu querido pai”, que também era carabineiro.

Do mesmo modo, recordou que Mario Cerciello era apelidado de "recurso", porque estava sempre a serviço e disponível para as pessoas e seus colegas. A Arma dos Carabineiros "sofre e perde um dos seus bons filhos, que se comprometeu com o povo e com o bem do homem".

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