A Unesco informou que a Basílica da Natividade de Belém, lugar onde Jesus nasceu, e a Rota de Peregrinação de Belém foram retiradas da lista de Patrimônios da Humanidade em Perigo, após sete anos de restauração.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) tomou esta decisão no dia 30 de junho, durante a 43ª reunião do Comitê do Patrimônio Mundial, em andamento em Baku (Azerbaijão), que se reúne até o dia 10 de julho.

Lugar onde, segundo a tradição, esteve a manjedoura do Menino Jesus. Crédito: Eduardo Berdejo (ACI)

O comunicado publicado em 2 de julho indica que a decisão “esteve determinada pela alta qualidade das obras de restauração realizadas no telhado, nas fachadas exteriores, nos mosaicos e nas portas da igreja”, cujo estado estava comprometido por uma importante infiltração de água.

O comitê também elogiou o abandono da escavação do túnel, justo ao lado do local, debaixo da Praça do Presépio.

Mosaico descoberto dentro da Basílica da natividade (Belém). Crédito: Eduardo Berdejo (ACI)

A Basílica da Natividade está a dez quilômetros de Jerusalém e desde o século II foi identificada como o lugar onde Jesus nasceu. No ano 339, por iniciativa do imperador Constantino, foi construída uma igreja, reconstruída depois por Justiniano no século VI, devido a incêndios e saques.

No século VII, a basílica sobreviveu à invasão dos persas. O comunicado da Unesco indica que “o lugar da Natividade também inclui conventos e igrejas latinas, greco-ortodoxas, franciscanas e armênias, assim como campanários, jardins aterrados e percursos de peregrinação”.

Mosaico descoberto dentro da Basílica da natividade (Belém). Crédito: Eduardo Berdejo (ACI)

A basílica foi inscrita na lista de Patrimônio Mundial em 2012 e acrescentada simultaneamente na lista de Patrimônio Mundial em Perigo, devido a sua deterioração.

A Lista de Patrimônio Mundial em Perigo tem por objetivo informar sobre as condições que ameaçam as próprias características que permitiram a inscrição de um bem na Lista de Patrimônio Mundial e fomentar medidas corretivas.

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