O reitor da Universidade Pontifícia Lateranense e Bispo Auxiliar de Roma, Dom. Rino Fisichella, pediu que se avalie com cautela e sem alarmismos, os recentes números que indicam uma sensível queda de estudantes italianos que prefere assistir às aulas de religião na escola.

Segundo o Ministério de Educação italiano, quase um em cada três estudantes prefere não escolher a aula de religião em seus programas escolares. Atualmente, dos dois milhões 426 mil estudantes que cursam os últimos três anos do instituto, um milhão e meio escolheu a aula de religião.

O número de estudantes entre 14 e 18 anos que escolheu não assistir à aula de religião e optar por disciplinas alternativas cresceu de 11,7 por cento em 2001 a 37,6 por cento no último ano.

Os estudantes que desistem de estudar religião, optam por cursos de artesanatos, educação física, informática ou outras matérias, que as escolas italianas têm a obrigação de organizar para aqueles que não queiram receber religião.

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Segundo o Ministério, entre as causas deste fenômeno figura a crescente presença nas escolas italianas de estudantes estrangeiros de diferentes religiões. Há vinte anos, apenas seis mil jovens nas escolas procediam de outros países, mas no último ano escolar, o número subiu para mais de 282 mil.

Para Dom. Fisichella, os dados "são preocupantes mas sem exagerar e devem ser analisados com prudência mas sem alarmismos".

Em declarações ao jornal La Repubblica, o Bispo reconheceu que há uma crise da disciplina de religião, mas afirma que é necessário "analisar as várias situações locais, analisar os conteúdos, a situação dos professores. É preciso distinguir entre grandes e pequenos centros, já que nas localidades pequenas quão jovens escolhem a hora de religião estão crescendo porque a família italiana típica quer dar a seus filhos uma sólida formação católica".