Desconhecidos assassinaram um frade capuchinho que serviu como missionário no Chade e um sacerdote na Nigéria, que havia sido sequestrado há poucos dias.

Segundo informa Vatican News, na noite de 19 para 20 de março, Pe. Toussaint Zoumaldé, de 48 anos, foi assassinado com uma arma branca durante o regresso à sua comunidade no Chade, depois de ministrar um curso de formação para sacerdotes da Diocese de Bouar.

Pe. Zoumaldé foi diretor da Rádio Siriri, em Bouar, por vários anos. A notícia de seu assassinato chocou os fiéis da África Central e as pessoas que o conheciam também como autor de cantos religiosos.

"Moramos juntos por alguns meses na Diocese de Bouar, no mesmo convento, era um jovem sacerdote. Era tão bom, não entendo porque foi assassinado", indicou à agência italiana SIR, Pe. Marco Siciliano, quando soube do assassinato.

"Esta notícia me entristece muito, era um sacerdote muito sociável, amava estar entre as pessoas. Há dois meses nós fizemos o funeral de seu pai e vieram os sacerdotes das áreas vizinhas. Muitos o conheciam porque era um excelente músico", acrescentou.

O sacerdote disse que em alguns lugares da África "o perigo está chegando, por causa da guerra".

Vatican News indica também que Padre Clemente Rapuluchukwu Ugwu, pároco da Igreja de São Marcos, em Obinofia Ndiuno, na Área de Governo Local de Ezeagu, no Estado de Enugu, foi encontrado morto no dia 20 de março, na floresta, não muito longe do local onde tinha sido sequestrado.

No dia 13 de março, quando foi sequestrado na casa paroquial, o sacerdote foi ferido com um tiro, segundo a agência vaticana Fides.

Dom Callistus Onaga, Bispo de Enugu, pediu à polícia local que capture os assassinos e lamentou a série de assassinatos violentos em todo o país.

O Prelado convidou os cristãos a intensificarem as suas orações pela Nigéria e lamentou a falta de ação das forças policiais que tampouco impediram os sequestradores de retirar dinheiro da conta do sacerdote através de um cartão de crédito.

"Nós imediatamente denunciamos o sequestro do Pe. Ugwu à polícia e, desde então, fui à delegacia de polícia três vezes, mas eles continuavam me dizendo 'estamos perto dos sequestradores'. Duvido que estivessem fazendo alguma coisa, porque o corpo do Pe. Ugwu foi encontrado a 20 quilômetros de sua casa", lamentou o Bispo.

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