O Bispo de San Cristóbal (Venezuela), Dom Mario Moronta, denunciou que a liberdade dos venezuelanos foi submetida por uma "ideologia desumanizante".

Em uma mensagem assinada também pelos sacerdotes que compõem o Conselho Presbiteral da Diocese de San Cristóbal, Dom Moronta assinalou que "à fome e à falta de insumos necessários para a saúde se uniu o flagelo do chamado apagão elétrico nacional".

"As horas que duraram (assim como os contínuos cortes que aconteceram) produziram consequências graves: além de colocar em perigo a vida de muitos doentes (em muitos lugares inclusive ocorreram mortes por causa disso), na grande maioria dos lares se perderam alimentos necessários para o sustento cotidiano”.

"A falta de energia causou agitação, fechamento de escolas e fontes de trabalho, além de desestabilizar a convivência saudável dos cidadãos", lamentou.

Desde o dia 7 de março, a Venezuela sofre um apagão em massa, acompanhado em muitos lugares da perda do serviço de água.

O regime de Nicolás Maduro admitiu a morte de duas pessoas que estavam hospitalizadas durante a queda de energia. No entanto, a oposição informou que foram registradas mais de 20 mortes.

Dom Moronta denunciou que "nossa liberdade foi ofendida de tal maneira que pretendem submetê-la a uma ideologia desumanizante. Isso causa desolação, desesperança, enfraquecimento nas autênticas forças que sustentam e suportam a pessoa humana”.

"Porém, somos conscientes de que o navio da nossa história e existência como país, hoje em meio à tormenta que a agita, não afundará, porque Jesus de Nazaré está dentro dele para nos proteger e nos apoiar", assegurou.

O Prelado venezuelano reiterou o apelo para que o regime de Maduro abra "as portas para a desejada mudança de direção política. É necessário que eles ouçam a voz do povo e se arrisquem a responder ao clamor da imensa maioria dos venezuelanos".

"Não deram nenhuma explicação convincente, pelo contrário, estão demonstrando uma incapacidade para resolver a situação e também para comunicar a verdade. Não podemos esquecer que somos um povo de convicções democráticas, amante da convivência fraterna”, disse.

Confira também: